20 de mai. de 2017

STRATOVARIUS - VISIONS OF EUROPE (DUPLO CD AO VIVO)


2017
Nacional

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

Disco 1:

1. Intro
2. Forever Free
3. The Kiss of Judas
4. Father Time
5. Distant Skies
6. Season of Change
7. Speed of Light
8. Twilight Symphony
9. Holy Solos

Disco 2:

1. Visions
2. Will the Sun Rise?
3. Forever
4. Black Diamond
5. Against the Wind
6. Paradise
7. Legions


Banda:


Timo Kotipelto - Vocais
Timo Tolkki - Guitarras, backing vocals
Jari Kainulainen - Baixo
Jens Johansson - Teclados
Jörg Michael - Bateria


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Os chamados duplos ao vivo são uma longa tradição no Metal. Desde os anos 70, os discos nesse formato são vistos como a coroação de um ápice na carreira de um grupo, ou mesmo encerram uma fase (vejam como exemplo disso discos como “Tokyo Tapes” do SCORPIONS ou “Live After Death” do IRON MAIDEN, entre outros). Basicamente, este formato é obrigatório para toda banda de sucesso, quase todos os veteranos já fizeram algo do tipo. Mesmo hoje, na era dos DVDs e Blu Ray discs, os duplos ao vivo permanecem de pé. E quando falamos de nomes como o quinteto finlandês STRATOVARIUS, eles também se enquadram no quesito, sendo que já possuem dois discos do tipo em seu currículo. O primeiro, “Visions of Europe”, é considerado um clássico da banda, a ponto de ser relançado pela earMusic, e a Shinigami Records disponibilizar a versão nacional.

Vemos que o quinteto estava em um auge de criatividade, pois “Visions of Europe” foi gravado durante a tournée de divulgação de “Visions”, seu primeiro grande álbum de sucesso comercial. E é interessante ver como o Power Metal melodioso do grupo, ao vivo, cresce em energia sem perder a técnica e pegada. Todos estão bem, pois como nessa época o grupo já estava junto e com a formação estabilizada a três anos, percebe-se que o conjunto e sinergia entre os membros é enorme, e isso se expande para o público, que participa animadamente.

Ou seja, “Visions of Europe” entra para o hall dos ótimos discos ao vivo no Metal.

As gravações foram feitas em 11 (em Milão, na Itália) e 14 (em Atenas, na Grécia) de setembro de 1997 em Milão (Itália), e a produção de “Visions of Europe” é de Timo Tolkki, tendo mixagem de Mikko “DDR” Karmila (que ainda cuidou da engenharia de som) e Mika “The Master” Jussila na masterização original. Óbvio que isso deixou a banda soando pesada e clara ao mesmo tempo, sem, no entanto, sacrificar a participação do público. E a remasterização do próprio Jussila deixou a sonoridade um pouco mais encorpada e pronta para o ouvinte de hoje, quase 20 anos depois do lançamento original, poder aproveitar desse momento áureo da carreira do grupo.

A parte gráfica do CD é linda, com fotos da banda durante a excursão, além de uma linda capa nova (o disco merece), cujo design é de Alexander Mertsch, ficou bem melhor que o original. Isso sem mencionar que as letras estão presentes no encarte.

O setlist ficou de primeira, permitindo que a banda exiba o mesmo perfeccionismo de seus discos, mas sem que a energia e espontaneidade de um show sejam perdidas. E se percebe que Timo Kotipelto tem o público nas mãos, pois ele tem uma ótima comunicação com todos.

Não seria justo destacar uma ou outra faixa do CD. Todas são ótimas, mas fica claro que no disco 1, o público vai ao delírio em músicas como “Forever Free” (ótima performance de Timo Kotipelto, e no refrão, lá está o público participando), a belíssima “The Kiss of Judas” (os teclados estão muito bem), a ganchuda “Father Time” (novamente os vocais estão ótimos, as guitarras roubam a cena e o público faz bonito), a rápida “Speed of Light”, e a envolvente “Twilight Symphony” (a pegada pesada de baixo e bateria nessas duas últimas é ótima). Em “Holy Solos”, temos isso mesmo: solos de guitarra e bateria (algumas vezes simultâneos e com o baixo dando suas debulhadas).

O disco 2 tem músicas excelentes, como a veloz e cheia de energia “Visions”, o clássico eterno do grupo, “Black Diamond” (a plateia vai à loucura nessa canção, e solidez do grupo a torna ainda melhor), a belíssima “Against the Wind” (como Jens sabe encaixar bem seus teclados nas canções), além das essenciais “Paradise” e “Legions”.


Um disco ao vivo que tende a se tornar referência para outras bandas em todos os termos.

CHICKENFOOT - BEST + LIVE (ÁLBUM)


2017
Nacional

Nota: 9,7/10,0

Tracklist:

Disco 1 - Best Of:

1. Divine Termination
2. Soap on a Rope
3. Sexy Little Thing
4. Oh Yeah
5. Get It Up
6. Future in the Past
7. Big Foot
8. Different Devil
9. Lighten Up
10. Dubai Blues
11. Something Going Wrong

Bonus Live Tracks:

12. Highway Star
13. Bad Motor Scooter
14. My Generation

CD2 - Live:

1. Avenida Revolution
2. Sexy Little Thing
3. Soap on a Rope
4. My Kinda Girl
5. Down the Drain
6. Bitten by the Wolf
7. Oh Yeah
8. Learning to Fall
9. Get It Up
10. Turnin’ Left
11. Future in the Past


Banda:


Sammy Hagar - Vocais, guitarra base
Joe Satriani - Guitarras, teclados, backing vocals
Michael Anthony - Baixo, backing vocals
Chad Smith - Bateria, percussão, backing vocals


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O trabalho dos supergrupos de Rock e Metal são sempre algo sem meio termo: ou fica de primeira, ou algo muito ruim. E isso acontece com músicos de todos os tipos dos iniciantes aos mais velhos, sem distinção. Mas quando é bom, tende a ser algo maravilhoso, algo realmente de nos fazer babar. Logo, preparem seus babadores, pois a Shinigami Records colocou no mercado brasileiro a versão para “Best Of + Live”, lançamento mais recente do quarteto norte-americano CHICKENFOOT.

Para quem ainda não sabe, o CHICKENFOOT é um grupo formado por Sammy Hagar nos vocais (ex-MONTROSE e ex-VAN HALEN), Joe Satriani nas guitarras, Michael Anthony no baixo (também ex-VAN HALEN), e Chad Smith (baterista do RED HOT CHILI PEPPERS). Com músicos desse quilate e com tanta experiência, o que se poderia esperar, musicalmente falando?

Simples: o mais puro e prazeroso Rock and Roll com influência de Blues que possa pensar. Há sua dose de peso, mas o enfoque do quarteto não é ser um grupo de Metal, nem mesmo de mostrar virtuosismo musical, mas de ser o mais honesto possível. Óbvio que se podem sentir influências de LED ZEPPELIN, outros em que o lado mais acessível fica exposto. Mas é um trabalho fantástico e que nos seduz nos primeiros acordes. Ora, mesmo porque esses quatro fizeram discos ótimos. E como diz o título, o CD é duplo, sendo uma coletânea de seus melhores momentos no disco 1, e disco 2 é todo ao vivo. Fórmula simples e que poderia parecer um caça-níqueis, mas está longe disso.

O “Best Of” tem vários produtores, já que a inédita foi toda produzida pelo próprio quarteto, e as outros pelos produtores de “Chickenfoot” e “Chickenfoot II”, e já se sabe previamente por sabermos quem eles são: alta qualidade sonora sempre, com tudo em seus devidos lugares. Já “Live” foi gravado no Dodge Theater, em Phoenix (Arizona) em 23 de setembro de 2009, tendo a gravação de Jay Vicari, a edição digital de Eric Caudieux, e a mixagem de Mike Fraser, para garantir a qualidade ao vivo da banda, que ficou (assim como em “Best Of”) excelente.

O que torna o trabalho do CHICKENFOOT tão bom é a espontaneidade e a descontração com que eles criam e executam suas músicas. Ao mesmo tempo, o trabalho do grupo não soa datado, mas atual, vigoroso e cheio de energia.
“Best Of” trás músicas excelentes como a inédita “Divine Termination”, um Rock/Blues intenso e com uma energia empolgante (e belos arranjos nas guitarras e vocais ótimos), a envolvente “Soap on a Rope” e seu belo trabalho de baixo e bateria, a acessível e com toque de Southern Rock “Oh Yeah”, a energia crua e empolgante de “Get It Up”, a bela “Future in the Past” (que lindos arranjos de guitarras), a beleza acessível e contagiante “Different Devil” (quase um AOR daqueles), e a Country/Folk “Something Going Wrong”. Além delas, temos 3 covers ao vivo: “Highway Star” do DEEP PURPLE, “Bad Motor Scooter” do MONSTROSE (antiga banda de Sammy, e esta versão fica com 11 minutos, longe dos quase 4 da original), e o clássico do THE WHO “My Generation”, todas em roupagens energéticas, mas fiéis às versões clássicas.

Em “Live”, a energia flui constantemente, e o setlist do show é muito bom. Canções como “Sexy Little Thing”, “Soap on a Rope”, “Bitten by the Wolf”, “Oh Yeah”, “Get It Up” e “Future in the Past” ganham energia e um feeling mais cru e denso ao vivo, mostrando que a banda ao vivo é uma experiência ótima, que vale o investimento.

No mais, “Best + Live” é um disco de primeira para se ouvir e curtir boa música sem se preocupar com rótulos.


SUICIDE SILENCE - SUICIDE SILENCE (ÁLBUM)


2017
Shinigami Records / Nuclear Blast Records
Nacional

Nota: 8,0/10,0

Tracklist:

1. Doris
2. Silence
3. Listen
4. Dying in a Red Room
5. Hold Me Up, Hold Me Down
6. Run
7. The Zero
8. Conformity
9. Don’t Be Careful, You Might Hurt Yourself


Banda:


Hernan “Eddie” Hermida - Vocais
Mark Heylmun - Guitarra solo
Chris Garza - Guitarra base
Dan Kenny - Baixo
Alex Lopez - Bateria


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Muitas vezes, público e crítica são chamados à desafios em termos musicais. Óbvio que ninguém é obrigado a aceitar tudo que uma banda faz em sua carreira, mas mesmo assim, é necessário ter cuidado com palavras e afirmações. Que o diga Lester Baggs (na época da revista Rolling Stone) que achincalhou o primeiro disco do BLACK SABBATH, ou mesmo o público radical que triturou pesadamente “Into the Pandemoniun” do CELTIC FROST, hoje considerado um dos discos mais revolucionários do Metal extremo e o molde mestre de vários estilos de sucesso.

É preciso visão quando se aborda um disco que nos deixe desconcertados, mente aberta para enxergar algo além. Por isso, quando ouvirem “Suicide Silence”, novo disco do quinteto californiano SUICIDE SILENCE, é preciso ter certeza da abordagem, pois ele tem seus méritos. E agora, ficou mais simples, já que a Shinigami Records, em conjunto com a Nuclear Blast Brasil, botaram o disco no mercado brasileiro.

Muito da crítica que se faz ao disco vem do fato da banda ter injetado em seu estilo musical original (Deathcore) doses de maior acessibilidade musical, para aumentar seu alcance comercial, em busca de novos fãs. Óbvias são as influências de New Metal e Metalcore aglutinadas ao trabalho. O que este autor reparou é que o grupo parece estar buscando uma nova fórmula musical, e que “Suicide Silence” aparenta ser um disco de transição. Mas mesmo assim, o disco é cheio de energia, peso e certo requinte musical, além de soar acessível.

A produção de “Suicide Silence” é do experiente Ross Robinson (que já trabalhou com SEPULTURA e KORN, o que causou certas comparações entre o trabalho deste e do quinteto), com mixagem de Joe Barresi e masterização de Dave Collins. Em termos sonoros, não há do que reclamar, já que a qualidade soa moderna, pesada e agressiva sem, no entanto, abater as linhas melódicas do grupo. E o trabalho de arte gráfica feito todo por fotos, mostrando um lado um pouco mais soturno do grupo.

O SUICIDE SILENCE ganhou acessibilidade, rebuscando influências sonoras antigas da banda. Mas dizer que o grupo está ruim é um disparate, uma vez que em sua nova faceta sonora, o grupo se sai muito bem, capaz de seduzir fãs cujo prazer é apenas ouvir boa música, sem se preocupar com rótulos musicais ou o que a banda fez anteriormente.

Em 9 canções, o grupo mostra consensualidade, e todas são boas. Mas os destaques ficam por conta de “Doris” e “Silence”, ambas com linhas melódicas acessíveis (mas gordurosa em seus momentos mais agressivos, mostrando guitarras versáteis), as melodias modernas e bastante introspectivas de “Dying in a Red Room” (onde a influência de New Metal é clara, e os vocais estão ótimos), o lado um pouco mais experimental em termos do estilo deles em “Run”, e o peso-pesado em termos de base rítmica de “Don’t Be Careful, You Might Hurt Yourself” (que tem um pouco do velho estilo do grupo sendo exposto, e baixo e bateria mostram sua força).

Novamente: o SUICIDE SILENCE para estar em uma encruzilhada e fez uma opção, e o futuro pode trazer discos primorosos dentro dele. Mas como dito acima: se você não é um fã conservador, vai gostar de “Suicide Silence”.



EX DEO - THE IMMORTAL WARS (ÁLBUM)


2017
Nacional

Nota: 9,2/10,0


Tracklist:

1. The Rise of Hannibal
2. Hispania (The Siege of Saguntum)
3. Crossing of the Alps
4. Suavetaurilia (Intermezzo)
5. Cato Major: Carthago Delenda Est!
6. Ad Victoriam (The Battle of Zama)
7. The Spoils of War
8. The Roman


Banda:


Maurizio Iacono - Vocais
J-F Dagenais - Guitarras
Stéphane Barbe - Guitarras
Dano Apekian - Baixo
Oli Beaudoin - Bateria

Convidados:

Clemens Wijers - Orquestrações


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Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


A força, lendas e conquistas do Império Romano ainda são termas fascinantes que atraem a atenção dos mais jovens. Basta ver como o tema é recorrente no renascimento do cinema épico que ocorre no momento, bem como há resgates da cultura romana antiga em várias partes do mundo. Seja pelo povo italiano, que parece estar recuperando as noções de orgulho de seu passado, seja pelos descendentes espalhados pelo mundo que ainda olham para a cidade imortal com orgulho de suas raízes, Roma nunca morrerá. E alguns de seus períodos são apaixonantes, como é falar das Guerras Púnicas, travadas entre Roma e Cartago, onde vários heróis (de ambos os lados) travaram lutas intensas. Um deles é Aníbal Barca, general e estadista cartaginense que atravessou os Pirineus e os Alpes com um exército e elefantes, algo que faz parte da cultura da Europa (fato ocorrido na Segunda Guerra Púnica, entre 218-201 a.C.). Suas façanhas estratégicas lhe legaram o título de maior estrategista de todos os tempos.

E rebuscando a história das Guerras Púnicas por meio da música pesada, o quinteto EX DEO chega com seu terceiro álbum, “Immortal Wars”, que acaba de sair no Brasil pela Shinigami Records.

O que afere ao conjunto confiabilidade é o fato que quatro de seus cinco membros são todos do KATAKLYSM, com a diferença que Stéphane Barbe aqui toca guitarra, ao passo que o baixo está nas mãos de Dano Apekian (do ASHES OF EDEN). O grupo é um projeto paralelo de Maurizio Iacono, onde sua paixão pela história de Roma ganha vida. Além deles, J-F Dagenais nas guitarras e Oli Beaudoin na bateria (ambos também do KATAKLYSM) completam as fileiras desses centuriões do Metal extremo.

O estilo do quinteto é aquilo que podemos denominar como Symphonic Death Metal, ou seja, o bom e velho Death Metal feito com toques melodiosos e grandiosas orquestrações. E como dito: estamos falando de músicos experientes, logo, podem esperar coisas boas, já que o trabalho rico do grupo é de primeira linha. Chega a ser surpreendente o nível das composições, com arranjos de primeira, boas linhas melódicas, mas uma agressividade forte e pujante.

A produção do CD é do próprio grupo, tendo a engenharia de J-F Dagenais e Oli Beaudoin. Mas vendo o nome de Jens Bogren na mixagem e masterização, já sabemos de cara que podemos esperar uma qualidade sonora excelente. E nossas expectativas são realmente supridas, pois a sonoridade do disco é pesada e bruta, mas com um nível de clareza enorme. Assim, se aproveita toda a capacidade criativa do grupo na melhor forma.

E em termos de arte gráfica, a capa de Eliran Kantor e o layout da Ocvlta Designs dão todo embasamento visual para a música do quinteto, deixando claro que terão uma aula de história sobre as Guerras Púnicas em um formato musical para lá de ótimo.

Sim, o trabalho do EX DEO é de primeira, algo realmente de alto nível, onde brutalidade e melodia se mesclam de uma maneira bem harmoniosa e nos permite ver que o grupo sabe arranjar suas músicas de forma a expressar sua identidade musical de maneira perfeita. E antes que façam a bendita pergunta: não, o EX DEO não parece o KATAKLYSM!

Orquestrações épicas e um andamento em tempo mediano surgem em “The Rise of Hannibal”, onde a agressividade do Death Metal consegue expressar o lado épico e grandioso da história, sem falar que as guitarras estão ótimas. Em “Hispania (The Siege of Saguntum)”, a agressividade cresce, ao mesmo tempo em que arranjos um pouco mais simples surgem, as orquestrações soam um pouco mais melancólicas, e aparecem ótimas mudanças de andamento (e se destaca bastante o trabalho de baixo e bateria). “Crossing of the Alps” é épica, quase military, com um peso absurdo, bons solos de guitarra e mesmo duetos, fora arranjos muito bons. “Suavetaurilia (Intermezzo)” é apenas um interlúdio feito com teclados e efeitos sonorous, para que o ouvinte tenha um descanso para a opressiva “Cato Major: Carthago Delenda Est!”, azeda, bruta e agressiva, com forte clima épico, e vocais ótimos (interessante notar como Maurizio sabe usar vários timbres agressivos), onde o tema é a necessidade de vencer o império cartaginense, algo exposto pela célebre frase do senador romano Catão Maior: Cartago deve ser destruída!

Bruta e com certa cadência, “Ad Victoriam (The Battle of Zama)”, onde mais uma vez, guitarras com solos melodiosos aparecem em meio às orquestrações grandiosas e ritmo bruto. Agora, o esporro sonoro come solto em “The Spoils of War”, que tem uma pegada um pouco mais introspectiva em alguns pontos, mas de resto, a essência do Death Metal tradicional está bem evidente tanto nos riffs das guitarras como nas conduções rítmicas de baixo e bateria. Encerrando, “The Roman” vem com sua dose forte de melancolia épica (graças às orquestrações), muito peso e um ritmo mais cadenciado, onde os vocais se destacam, dando voz à Roma depois da destruição de Cartago.

Mas é bom que o leitor saiba que o líder romano Públio Cornélio Cipião Emiliano Africano chorou pela queda de Cartago e morte de seus adversários, pois via no fim do Império Cartaginense o futuro fim do Império Romano, como todos os impérios que o precederam caminharam para o fim conforme os anos mostravam sua decadência.


No mais, “Immortal Wars” não é apenas uma aula de História, mas também um disco fantástico. E o EX DEO tem lugar em qualquer coleção de CDs de Metal que se preze.