12 de nov. de 2016

HAMMERFALL - Built to Last (Álbum)


2016
Importado

Tracklist:

1. Bring It!
2. Hammer High
3. The Sacred Vow
4. Dethrone and Defy
5. Twilight Princess
6. Stormbreaker
7. Built to Last
8. The Star of Home
9. New Breed
10. Second to None


Banda:


Joacim Cans – Vocais
Oscar Dronjak – Guitarras, teclados, backing vocals
Pontus Norgren – Guitarras, teclados, backing vocals
Fredrik Larsson – Baixo, backing vocals
David Wallin – Bateria


Contatos:



Nota:

Originalidade: 8
Composição: 10
Produção: 10

9/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Após um disco ruim (ou uma sequência dos mesmos), a existência de uma banda é sempre questionada. E mesmo que um disco ótimo venha depois, os fãs esperam o posterior para ter a clara idéia se a banda se recuperou, ou se foi apenas um suspiro de inspiração. E o HAMMERFALL já havia conquistado de volta seus fãs com o ótimo “(r)Evolution”, vem com “Built to Last” mostrar que estão mesmo dispostos a continuarem sua carreira vitoriosa.

Se por um lado “Built to Last” não consegue igualar clássicos como “Legacy of Kings” e “Renegade”, continua no mesmo patamar de “(r)Evolution”, soando apenas um pouco mais limpo e bem acabado. Mas aquela sonoridade pesada e melodiosa que evoca o Power Metal europeu de seus primórdios (onde as influências de ACCEPT, IRON MAIDEN e HELLOWEEN são as mais evidentes) está presente. E se por um lado o quinteto não criou nada de novo, continua sua música onde cada refrão é marcante e de fácil assimilação, onde as bases de guitarra são bem melódicas e envolventes, os solos (muitas vezes em duetos) são caprichados sem serem exagerados, a base rítmica é pesada e com boa técnica, e os vocais usam muito bem dos timbres mais altos e dos mais baixos.

Ou seja, o grupo não fez nada de diferente, apenas segue o próprio estilo. E isso, no caso deles, sempre termina em coisa boa.

Desta vez, a banda teve três responsáveis pela produção: o experiente Fredrik Nordström se ocupou com as partes de baixo, guitarras e bateria, além da mixagem; o guitarrista Pontus Norgren focou seus esforços nas guitarras e no baixo, enquanto James Michael trabalhou unicamente nos vocais. A masterização é de Henrik Udd. E o resultado é uma gravação clara, com os instrumentos soando bem definidos e nos devidos lugares. Óbvio que está pesado e com a dose certa de agressividade, mas não como em “(r)Evolution”. Mas ainda assim, está ótimo.

No caso da capa, a arte é de Andreas Marschall, mais uma vez trazendo Hector, o Templário símbolo do grupo. Ou seja, a capa já deixa claro: se busca inovações, não vai encontrar. Mas se busca o bom e velho HAMMERFALL, é certo de encontrar aquilo que busca.

Óbvio que “Built to Last” é o típico disco que deixa claro a velha máxima de “em time que está ganhando, não se mexe”. Mas em vista de erros do passado, a banda preferiu seguir por terreno firme, e fez um disco ótimo, com arranjos bem caprichados, algumas faixas mais rápidas, outras mais climáticas, e sem exagerar.

Ou seja, o saldo de “Built to Last” é muito positivo, e os melhores momentos são:

“Bring It!” – É uma faixa pesada, com andamento mais calmo, focada no peso e nos ótimos arranjos instrumentais. Óbvio que o refrão fica na cabeça por dias (uma das especialidades do grupo), apresentando ótimos backing vocals, um trabalho muito bom de baixo e bateria (ou seja, o novato David nas baquetas se entende bem com o veterano Fredrik).

“Hammer High” – Música do video official de divulgação, ela apresenta uma música mais simples e evolvente, e deve ser um dos grandes hits do disco nos shows ao vivo, devido ao refrão. Mas se percebe que os cuidados com os vocais foram grandes pois a voz de Joacim está ótima.

“The Sacred Vow” – A presença de algumas ótimas mudanças de ritmo torna tudo mais interessante, já que a música começa mais lenta, mas depois o andamento fica um pouco mais rápido, e a energia é ótima. Óbvio que as guitarras de Oscar e Pontus estão ótimas, e que refrão!

“Dethrone and Defy” – Rápida e instigante, é cheia de linhas melódicas de primeira, com as guitarras mostrando um trabalho excelente nos riffs. É para deixar o pescoço doendo de tanto headbanging.

“Stormbreaker” – O andamento é extremamente vibrante e cheio de energia, mudando em muitos momentos, mas sempre sendo empolgante. E isso mostra a força da sessão rítmica do quinteto, que sem abusar da técnica ou dos bumbos velozes, faz algo de qualidade.

“Built to Last” – Se a velocidade dá uma caída, o peso e elegância crescem. Os tempos são de primeira, assim como as guitarras desfilam riffs mais simples e bem feitos (e muito empolgantes).

“New Breed” – Aqui, temos aquela típica pegada Hard’n’Heavy dos anos 80, coisa que o quinteto sabe fazer muito bem, e sem soar datado. E se preparem, porque o refrão está fantástico, bem algumas partes em que backing vocals e vocais contrastam e criam algo ótimo.

Novamente: se “Built to Last” não tem nada de novo, mostra que o HAMMERFALL ainda tem muita lenha para queimar, e que os Templários de Aço ainda vão dar muitas alegrias a seus fãs.