30 de nov. de 2016

MINISTÉRIO DA DISCÓRDIA - Abismo (Álbum)



2016
Independente
Nacional


Tracklist:

1. Abrace a Discórdia
2. Abismo
3. Supremo Concílio
4. Orquídea Negra
5. Perdidos
6. Malditos Sejam Todos (ao vivo) 
7. Abismo (ao vivo)
8. Paraíso do Terror (ao vivo)


Banda:


Maurício Sabbag - Vocais, guitarras
Carlos Botelho - Baixo
Inácio Nehme - Bateria


Contatos:

Metal Media (Assessoria de Imprensa)


Nota:

Originalidade: 8
Composição: 9
Produção: 8


8/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Fazer Stoner Rock/Metal no Brasil é algo que realmente desafia tudo e todos, pois não é o gênero mais evidente do momento. E para ser sincero, não é um estilo que a acessibilidade musical seja grande. Talvez possamos dizer que é o mais anti-comercial dos estilos. Mas verdade seja dita: quando a banda sabe o que faz, o disco não falha.

E o trio paulista MINISTÉRIO DA DISCÓRDIA acerta o alvo. Uma ouvida em “Abismo” e vocês terão esta certeza.

Com letras em português e uso de boas melodias, o trabalho do grupo prima por algo realmente sujo e denso, mas bem feito e com qualidade. E sem exageros técnicos, digamos de passagem. O som da banda é azedo e muito pesado, mas de bom gosto em todos os momentos, soando com a espontaneidade de quem está fazendo música com coração, e não usando discos antigos como tutoriais.

Ao falarmos da sonoridade do disco, podemos aferir que “Abismo” teve uma preocupação estética em soar orgânico e vibrante, mas sem que a qualidade fosse imunda e nos dificultando a compreensão. Não, de forma alguma. O azedume musical do CD vem dos timbres usados pelo trio, já que eles preferiram que suas músicas soassem claras.

A arte da capa de “Abismo” foi feita por Silvio Senna, da banda Sunset Red Lights. E nela se capta toda a essência lírico-musical do trio.

Pode-se aferir que o MINISTÉRIO DA DISCÓRDIA realmente caprichou no disco, pois as músicas se nivelam por cima. E mesmo evitando complexidades técnicas que distanciariam suas canções da proposta musical do trio, a banda sabe arranjar muito bem suas canções, com um trabalho bem pensado em cada refrão. 

Os destaques do CD são a crua e ganchuda “Abrace a Discórdia” (um belo trabalho nas melodias e estruturas harmônicas, com destaque para o trabalho bem feito de baixo e bateria), o trabalho muito bem feito em termos de guitarras em “Abismo” (os riffs soam pesados e envolventes, com aquela pegada fundamental à lá BLACK SABBATH dos primórdios), a excelente e bem cuidada “Supremo Concílio” (há certa dose de acessibilidade musical, mas sem deixar o peso de fora, e isso adornado por um refrão de primeira, e ótimos vocais azedos), a mais simples de todas, que é “Orquídea Negra””, e fecham com a dinâmica e melodicamente densa “Perdidos”. Óbvio que ainda temos versões ao vivo para a energética e bruta “Malditos Sejam Todos” (ótima, com uma dose de energia muito boa, e que foge à estrutura do Stoner, pois é veloz), “Abismo”, e “Paraíso do Terror”, todas gravadas em Osasco, mas com ótima qualidade sonora.

Enfim, o MINISTÉRIO DA DISCÓRDIA merece aplausos por “Abismo”, e mal podemos esperar pelo vindouro DVD do grupo!

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