13 de nov. de 2016

HERYN DAE – Heryn Dae (Álbum)


2016
Nacional


Tracklist:

1. March to Die
2. Final Fantasy
3. Heryn Dae
4. Death
5. Shadow’s Prologue
6. Lucy
7. Kings of the Anarchy
8. Evil Fortress


Banda:


Victor Moura - Vocais
Juliano Bianchi - Guitarras
Ricardo Bach - Baixo
Cristiano Batera - Bateria


Contatos:

http://roadie-metal.com/press/heryn-dae/ (Assessoria de Imprensa)


Nota:

Originalidade: 8
Composição: 9 
Produção: 7

8/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Santa Catarina sempre teve ótimas bandas de Metal em sua história. Óbvio que nem todas conseguiram se sobressair devido ás dificuldades enormes do underground nacional. Fazer Metal é coisa para gente de fibra e coragem, como o quarteto HERYN DAE, que após anos de labuta, consegue lançar seu primeiro disco, “Heryn Dae”.

O nome da banda significa “Dama das Sombras”, vinda de uma linguagem élfica criada por J. R. R. Tolkien para seu mundo da Terra Média (provavelmente, vem do Sindarin, linguagem élfica mais usada na Terceira Era da Magia). Mas o enfoque lírico da banda não é exclusivamente focado em temas de fantasia, e a música da banda pouco tem com o Power Metal (onde mais se vê letras de cunho tolkeniano), pois se foca em um Heavy Metal tradicional que busca influências nas vertentes mais melodiosas do Metal e mesmo no Thrash Metal. A fórmula não chega a ser inédita, mas o quarteto consegue mostrar força e personalidade, com arranjos melodiosos e boas doses de peso e agressividade. E sim, é muito bom o trabalho deles.

Produzido por Kelwin Groehowicz no estúdio 2K (em São Francisco do Sul, terra natal do grupo), a sonoridade do disco ainda está um pouco mais crua que o necessário. Poderia ser um pouco mais limpo, mas sabem os mais experientes como é difícil gravar discos independentes nesse país, ainda mais com a atual crise econômica. Não está ruim, bem longe disso, mas poderia ser melhor.

No que tange à arte gráfica, ela ficou caprichada, com capa e encarte muito bem feitos, deixando o lado místico/tolkeniano bem evidente. E está muito boa.

Musicalmente, a banda é bem madura, mostrando o que pode fazer no disco, com bons arranjos, boa dose de melodias, e tudo nos conformes. Mas eles podem fazer melhor que isso, mas aqui, já está muito, muito bom.

Melhores momentos:

Misturando melodias bem sacadas e peso, com um andamento bem variado, temos “Final Fantasy” (reparem nos belos arranjos de vocais nas partes mais amenas, e nos riffs raçudos nas mais pesadas). Em “Heryn Dae”, o peso é destilado por um trabalho muito bem feito de baixo e bateria, fora belas arranjos limpos de guitarras (pois o andamento é em tempo mediano, mas cheio de boas mudanças). “Shadow’s Prologue” mostra vocais mais fortes, o andamento ainda mais cadenciado (onde os vocais roubam a cena, usando timbres mais robustos e agressivos). Em “Kings of the Anarchy”, novamente o lado mais agressivo da música do quarteto está evidenciado, graças à guitarras com riffs sujos. E a variada e longa “Evil Fortress” alterna momentos mais limpos, outros mais ríspidos, sem com a banda como um todo se equilibrando.

Basta azeitar a máquina um pouquinho mais, uma qualidade sonora mais bem feita, e o grupo vai longe. Mas sugeriria um segundo guitarrista, para que eles não perdessem a força de sua música ao vivo.

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