20 de jun. de 2016

ZOMBIE COOKBOOK / RANCID FLESH - AMONG THE LIVING...DEAD (Split EP)


2016
Nacional

Nota: 9,0/10,0


ZOMBIE COOKBOOK:

Músicas:

01. Grave Robbers
02. Binge Eating Disorder


Banda:

Dr. Stinky - Vocais
Horace Bones - Guitarras, vocais
Ed The Dead - Guitarras
Purgy - Baixo
Freudstein - Bateria


Contatos:

Metal Media (Assessoria de Imprensa)


RANCID FLESH:

Músicas:

1. Violating Tombs
2. Human Head Eater
3. When The Corpses Awaken…


Banda:

Laerte Guedes - Vocais
Adriano Sabino - Guitarras, baixo, bateria


Contatos:



Quando a coisa aperta no Brasil, parece que mais e mais coisas boas vão sendo lançadas. As dificuldades moldam os melhores trabalhos, verdade seja dita. E não é à toa que estilos extremos parecem ganhar mais e mais força nessas situações. Não é de se estranhar que bandas como os zumbis do Death Metal nacional de Joinville (SC) do ZOMBIE COOKBOOK e os Goregrind serial killers do RANCID FLESH (Natal, no RN e Fortaleza, no CE) tenham unido forças e posto um Split CD tão bom nas lojas. Sim, "Among the Living... Dead" é uma aula de podreira extrema, mas de bom gosto e com excelentes pitadas de humor negro (a capa, uma tiração com a capa do "Among the Living", do ANTHRAX, já mostra isso).

Não há muito que falar de ambas as bandas, que já são bem conhecidas no cenário: o ZOMBIE COOKBOOK funde Death Metal com pitadas de Thrash e solta uma podridão musical de primeira qualidade, enquanto o RANCID FLESH é ainda mais extremado musicalmente falando. Mas ambos mostram trabalhos bem elaborados, bem feitos e distantes de serem malfeitos e mesmo com sonoridades que mais nos fazem ficar confusos que entender o que eles querem. E ambas as bandas nos deixam com dores de ouvido (no bom sentido), mas provocarão náuseas e ânsia de vômito nos mas incautos.

Não há o que falar da produção sonora de ambos.

O ZOMBIE COOKBOOK preferiu usar um approach um pouco mais sujo que em seus trabalhos anteriores, mas essa roupagem com timbres mais crus deu um punch ótimo à musicalidade do grupo, mas sem que as canções soe confusa ou um amálgama de sons confusos. O mesmo se aplica ao RANCID FLESH, que mesmo usando uma gravação um pouquinho mais tosca, mas que faz parte do trabalho do dueto, e ficou muito bem encaixada na proposta sonora do grupo (e sem soar incompreensível aos nossos ouvidos)

Em pouco mais de doze minutos, temos esporreira e podridão suficientes para muito tempo, sempre mostrando bom gosto e bom acabamento em termos musicais para ambas as bandas. Sim, eles sabem bem a diferença entre soar sujo e agressivo de soar embolado. Não, aqui tudo é compreensível, os arranjos musicais são de primeira. E esses caras realmente sabem o que estão fazendo e o que querem de sua música (além de fazerem todos vomitarem as tripas, óbvio).

O ZOMBIE COOKBOOK arrasa em suas duas faixas: "Grave Robbers" é uma amostra e peso e velocidade, com ótimas vocalizações (urros rasgados e vozes guturais se alternam muito bem) e uma cozinha rítmica de primeira (basta ver como os ritmos se alternam bastante), enquanto "Binge Eating Disorder" mostra mais uma vez mudanças de ritmo ótimas, mas com riffs e solos de guitarra doentios. É esporreira e pacadaria de primeira!!!!

O RANCID FLESH faz algo mais explosivo e direto, evitando muitas firulas técnicas, e usando de música curtas, mas impactante. Mas é justamente isso que torna a caótica "Violating Tombs" (cheia de mudanças rítmicas, com um belo trabalho de baixo e bateria), explosiva "Human Head Eater" (com seus vocais urrados muito bons), e a raçuda "When The Corpses Awaken…" (uma porrada doentia, mostrando uma base rítmica sólida e pesada).

Este EP, lançado em vinil e com apenas 333 cópias disponibilizadas (e numeradas a mão) é uma aquisição de primeira. Mas é preciso ter um saco de vômitos gigante perto.

No mais, indico sem medo!

Em tempo: o EP pode ser ouvido no Spotify (a parte do ZOMBIE COOKBOOK) e no Bancamp (a parte do RANCID FLESH)



Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
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