5 de jan. de 2015

05/01/2015: Heavy and Hell Press




Brutal Morticínio: Segundo álbum finalmente lançado


Depois de seis anos do lançamento do Debut “Despertar Dos Chacais... O Outono Dos Povos” (sendo que em 2009 o mesmo foi relançado), o BRUTAL MORTICÍNIOresurge das sombras e lança seu mais novo trabalho: “Obsessores Espíritos das Florestas Austrais”.

Mantendo seu Black Metal old school intacto o BM soa mais maduro e poderoso, com oito odiosos hinos de muita fúria e rispidez.

"Obsessores Espíritos das Florestas Austrais" foi lançado no dia 30/08/14, de forma independente e tendo sua gravação/produção no estúdio Nitro em Caxias do Sul por Roger Fingle.

O que o BM apresenta é uma linha tênue de seu trabalho, mas ainda mais brutal e inteligente, letras em português que mais parecem poesias do submundo com um instrumental afiado e destilando raiva.

Tracklist:

01 Intro
02 Não darei a outra face
03 Para o eterno sofrimento de Cuautemoc
04 Evocando os espíritos obsessores das florestas austrais
05 Vingança Ancestral
06 Anacrônico tempo, Obsolescência da História
07 Densas névoas das profundezas
08 Estúpido e podre homem branco cristão

Conforme o blog Acclamatur Zine diz: "... aumentando a rispidez classuda desse trio que impressiona pela qualidade e sabedoria para produzir uma obra suficientemente má e que nos faz refletir para que tanto se com muito menos se chega a um Grande. Foderoso Black Metal!"

Para adquirir sua cópia entre em contato agora mesmo: brutalmortis@gmail.com


Links Relacionados:



As Dramatic Homage: Primeiro show de 2015 neste domingo



E os mestres do Avant-Garde Metal carioca estão de volta aos palcos! O ADH faz seu primeiro show de 2015 neste domingo (11/01), no Planet Music no RJ, como convidados na abertura da turnê da banda Land Of Tears.

O ADH irá apresentar sua nova formação, e mostrara que estão mais viva do que nunca. Os shows terão inicio às 17h com ingresso custando R$20.


Links Relacionados:

Twitter: @ADHMetal



SILO: 2015 o ano de reconquistas


Voltando a todo vapor em 2014 o SILO mostrou toda sua superação e vontade, e numa breve retrospectiva o vocalista Juliano Oliveira explica a trajetória da banda até o momento:

"Mantendo a garra habitual, a S.I.L.O. se joga numa onda de agenda frenética, ganha espaço na concorrida Zona Sul, com apresentações incríveis, conquista um posto almejando desde sempre, tão notória intenção da banda, fez-se aclamada entre a "elite" musical do estado, shows determinantes para a carreira da banda, em Botafogo e na Lapa, foram o estopim para uma sequência enriquecedora, e por onde passa, a S.I.L.O. arrecada outras mentes e engrandece seu fronte de admiradores.

Tanto se fez e tanto ainda havia por fazer, que se fez necessária mas uma ótima aquisição à banda: Garry Dias completa o fronte de batalha da S.I.L.O. assumindo a segunda guitarra da banda complementando e completando os arranjos viscerais de Alexandre Carreiro, o guitarrista fundador e arranjador da banda. Acompanhados sempre pela virtuosidade e perspicácia do baixista Rodrigo Fonseca.

Cientes e cascudos de que nada vem fácil, a banda se vê mais uma vez em meio ao caos com a deserção de seu baterista por motivos pessoais, em decorrência disto as coisas esfriam, o trabalho para... Mas desistir nunca foi uma opção.

Entra em cena Vinicius Rodrigues, o novo batera, que surpreendentemente tem a banda como um de seus objetos de admiração, tornando o processo, rápido e eficaz na busca de um bom término de ano, assim sendo, a banda bota a cara na pista novamente e faz uma pequena sequência de shows top, encerrando o ano com chave de ouro tendo duas apresentações no mesmo dia e arrastando uma multidão de mentes ávidas consigo."


Links Relacionados:




Godzorder: Parceria fechada com Genocídio Records


Iniciando o ano com tudo o GODZORDER acaba de fechar uma parceria com a Genocídio Records, que consiste em um fortalecimento de sua imagem, assim como, mais uma força no lançamento de seu EP que está previsto para ser lançado este ano.

Com a mixagem e masterização finalizada das novas composições, o GODZORDER batalha forte para fazer o lançamento o quanto antes e mostrar toda sua fúria que mais parece um cometa em colisão com a terra.

Enquanto o EP não sai confira no link a seguir o vídeo exclusivo com as gravações dos vocais e backing vocals do trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=-gTonZjMguQ

Conheça mais a Genocídio Records:



Links Relacionados:




Revogar: “Vale Dos Suicidas” será lançado na Rússia


Com ótima repercussão de seu Debut, o REVOGAR agora terá o disco “Vale Dos Suicidas” distribuído na Rússia pelo selo Narcoleptica Prod, onde irão levar a destruição sonora Sul Americana em um país que consome muito Metal Extremo, sendo de grande ganho pessoal para banda e para o selo.

Com o lançamento pela Narcoleptica Prod o disco chegará a todos os cantos do país russo, e também será distribuído em mais outros quatorze países: Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Bielorrússia, Lituânia, Polônia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte.

Uma parceria forte e consistente, que levara o nome do REVOGAR ainda mais longe!

Conheça mais a Narcoleptica Prod:



Links Relacionados:




Rigor Mortis: Prestes a lançar seu EP


E a máquina da morte RIGOR MORTIS segue firme nas gravações de seu novo EP, que saíra no primeiro semestre de 2015, com isso o guitarrista Rigor Mortis liberou um pequeno vídeo mostrando as linhas de guitarra do vindouro trabalho: http://on.fb.me/1BpPhBZ

E também explicou o porquê do “certo” atraso para finalização das gravações:

"Estamos aguardando a recuperação do nosso baixista o Christian Peixoto para finalizar uma música que esta faltando, e finalmente finalizar as bateras... Christian quebrou o braço em Dezembro, e até meados de janeiro ele estará ok para colocar o baixo na track final."


Links Relacionados:




No Remorse: Retrospectiva 2014


Diferente das demais retrospectivas de final de ano, o NO REMORSE faz algo diferente, abrindo mão dos batidos discursos e criando um vídeo interativo mostrando como foi o ano de 2014, regado a muitos shows e cerveja!

Confira agora mesmo: http://on.fb.me/1Kejc44


Links Relacionados:




Alkanza: Brasil, quem lhe prostituiu?


Após a ótima repercussão do EP "Destroyed The System" o ALKANZA decidiu que seu primeiro disco (que saíra esse ano) será cantado em português, principalmente as quatro faixas que pertencem ao EP de estreia, que ganharão uma nova roupagem e a readaptação das letras para língua pátria.

Pelo titulo da matéria é possível perceber o porquê de cantarem em português, o ALKANZA divulgou suas novas fotos promo com a formação estabilizada em trio, e uma dessas imagens recebeu este singelo titulo “Brasil, quem lhe prostituiu?” frase essa que pertence há um dos sons novos da banda.

Polêmico intenso e agressivo, é assim que os thrashers catarinenses irão soar em seu primeiro disco, causando um verdadeiro impacto nas mentes alheias e de fato se consolidando no cenário metálico.


Links Relacionados:




Chaotic System: Nome de novo EP e vídeo ensaio com novas faixas liberados


Chegando 2015 o CHAOTIC SYSTEM segue firme nas gravações de seu novo EP, e para matar um pouco a curiosidade, a banda liberou em seu canal oficial no Youtube, um vídeo ensaio tocando as faixas do vindouro trabalho.

Aproveitando a deixa o CHAOTIC SYSTEM também liberou o nome do EP, que se chamará "Baixada Morta", um trabalho conceitual que retrata os problemas da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, e os protestos que ocorrerão lá em 2013.

Para quem não sabe o vocalista/guitarrista Magno é carioca e se criou na Baixada, se mudando recentemente para Curitiba, por isso o trabalho irá falar sobre este tema, pois é algo que de certa forma Magno quer mostrar a devida realidade em que as pessoas da "famosa" Baixada vivem.

Então chega de papo e assista agora mesmo ao vídeo ensaio com as composições novas: https://www.youtube.com/watch?v=o87GQ4GMm_c


Links Relacionados:




Metal Warriors Magazine: #12 edição disponível


A Metal Warriors Magazine é uma publicação offset, tamanho 15x21cm, capa dupla colorida e laminação brilho, 24 páginas impressas em p&B, espaço para anúncios, matérias divididas em três idiomas (português, inglês e espanhol), 500 exemplares e tiragem bimensal.

E chega agora a sua #12 edição!

Para adquirir a #12 edição que conta com Cavalera Conspiracy e Unearthly nas capas entre em contato através do email: metalwarriorsmag@gmail.com

The Metal Warriors Magazine is a offset publication, size 15x21cm, double color cover and rolled brightness, 24 pages printed on B&W , ad space, articles divided in three languages (Portuguese , English and Spanish), 500 copies released bimonthly.

And now it is your # 12 edition!

To get the #12 issue that has Cavalera Conspiracy and Unearthly on the covers contact email: metalwarriorsmag@gmail.com


La Revista Metal Warriors Magazine es un impreso en offset, 15x21cm tamaño, caso de color doble y brillo, 24 páginas impresas en blanco y negro, espacio publicitario, materiales divididos en tres idiomas (portugués, inglés y español), 500 copias y dibujo bimestral rodó.

Y ahora es su #12 edición!

Para obtener la #12 edición que tiene Cavalera Conspiracy y Unearthly en las portadas en contacto por correo electrónico: metalwarriorsmag@gmail.com


Links Relacionados:




Dead City Walker – Dead City Walker (CD)

Independente
Nota 9,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


A região Nordeste do Brasil sempre, desde muito tempo, é um celeiro para ótimas bandas de Metal. Seja da vertente que for, é bom que todos reconheçam que uma região que gera bandas como CARAVELLUS, HEADHUNTER D.C., MYSTIFIER, MALEFACTOR, AS THE SHADOWS FALL, e outros nomes fortes é capaz. E de Pernambuco, mais especificamente da cidade de Garanhuns, vem uma ótima revelação: o trio DEAD CITY WALKER, que debuta em CD, sendo que o mesmo levando o nome do grupo.

O grupo é um projeto de estúdio de membros do STILL LIVING, nascido da vontade deles em fazer o bom e velho Metal tradicional, inspirado em bandas como BLACK SABBATH, PICTURE, ACCEPT, JUDAS PRIEST, SAXON e IRON MAIDEN. Embora o trabalho do trio não seja inovador, é ótimo, uma lição de como se faz música com aquilo que é mais importante: com alma, coração e amor pelo que se está fazendo. E isso transpira através do trabalho ótimo dos vocais (usando bem os timbres vocais mais altos e outros mais graves), riffs muito bem compostos e ganchudos, baixo e bateria com a dose certa de técnica e peso. Só que o trabalho do grupo, mesmo inspirado em bandas do passado, não tem aquele incômodo ar de datado. Não, longe disso, o DCW tem energia, peso, melodia e a empolgação de um jovem na flor da idade. E soa extremamente espontâneo, feito de fã para fã.

A produção do CD ficou nas mãos da própria banda, sendo que todo trabalho de engenharia sonora, gravação, mixagem e masterização foi feito por Aldecy Souza. A sonoridade soa uma mistura do passado (no tocante à instrumentação) do Metal com alguns aspectos mais modernos de gravação. Soa clara, com timbres mais secos e diretos. A arte é bem simples, e o mesmo vale para o layout, mas é justamente assim que a música do DCW ganha contornos visuais.

Arranjos bem feitos, boa dinâmica entre os instrumentos, tudo encaixado de forma muito espontânea e talentosa, fazendo com que o trabalho do DEAD CITY WALKER realmente elogios, pois é ótimo. E ainda temos a presença de convidados especiais: Aldecy Souza no baixo e violinos adicionais em “Requiem”, Eduardo Maciel nos violinos em “Requiem”, Clécio Souza na bateria em “Harvest Day”, Fernando Barbosa na narrativa em “The Unexpected Guest”, e Thiago Nascimento nos backing vocals em “The Sower”.

Após a introdução “The Unexpected Guest” (com uma narrativa bem sinistra), vem a tradicional e ganchuda “In the Grave” (belíssimo trabalho dos vocais, e um solo de guitarra carregado de feeling), seguida da um pouco mais arrastada e pesada “Last Pessenger” (peso absurdo da base baixo/bateria, com boas mudanças de andamento aqui e ali). Em “The Sower”, se percebe bem clara a influência de bandas como SABBATH e muito do Hard’n’Heavy da NWOBHM, destacando-se bastante os riffs criativos e pesados. Em “Dead City Walker”, a presença de bumbos duplos e mais riffs cortantes dão uma tônica ótima, mas sem obliterar a melodia do trabalho. Melodia que fica ainda mais explícita em “Harvest Day”, com vocais bem postados e fortes, sabendo variar de momentos mais agressivos aos mais suaves sem medo. E então, começa “Darkness Trilogy”, que como o nome já deixa claro, é conjunto de três canções cujos temas estão vinculados, com a curta, pesada e tétrica “Electric Messengers” dando o ponta-pé inicial com muita influência do bom e velho SABBATH, seguida então da azeda e forte “Immersed” (mais uma onde a guitarra mostra força absurda, regendo com maestria a canção), e fechando a trilogia (e o disco), vem a melodiosa e suave instrumental “Requiem”, belíssima e bem feita (apesar de curta), com a presença deliciosa de violinos.

Uma banda honesta, com um trabalho acima da média, e que merece não só a conferida, mas a aquisição do CD. E esperemos que o DEAD CITY WALKER não fique apenas nesse CD.



Músicas:

01. The Unexpected Guest
02. In the Grave
03. Last Passenger
04. The Sower
05. Dead City Walker
06. Harvest Day
Darkness Trilogy:
07. Electric Messengers
08. Immersed
09. Requiem


Banda:

Renato Costa – Vocais
Eduardo Holanda – Guitarras 
Cléber Melo – Bateria 


Contatos:

Almah: Edu Falaschi e Marcelo Moreira em turnê de workshops pelo Nordeste





Os integrantes do ALMAH, o vocalista Edu Falaschi e o baterista Marcelo Moreira, continuarão sua turnê de workshops "Voz e Bateria". Desta vez os músicos revelarão os segredos de sua profissão para os fãs nordestinos.

Cada workshop será dividido em duas partes (bateria e voz), durante as quais ambos os músicos falarão de técnicas de bateria e vocal. Serão tocadas músicas das bandas Angra e ALMAH, além das versões brasileiras da trilha sonora do anime "Cavaleiros do Zodíaco". O evento culminará com uma Jam em que Edu Falaschi e Moreira se juntarão a músicos locais para executar alguns dos maiores clássicos do rock mundial.

Datas confirmadas:

07/01 - Palmares / PE
- Local: Cine Teatro Apolo
- Horário: 19hs
- Ingressos: R$ 10,00 + 1Kg de Alimento
- Vendas: Loja Eletro Sat - Praça Dr. Paulo Paranhos,27, centro
- Informações: Telefone da loja ou 81 - 9520.7981

08/01 - Maceió / AL
- Local: Loja Woodmusic (Novo endereço): Rua Angelo Neto, 235, Farol
- Horário: 19:00hs
- Ingressos: R$ 30,00 Antecipado
- Vendas: Loja Woodmusic (Endereço atual): Ladeira Adolfo Guimarães, n° 07, Perto do ginásio do Colégio Sacramento
- Informações: 82 - 3326.1744 / 3336.8875 / 9925.3357

09/01 - Caruaru / PE
- Local: Estacionamento da loja Novamusic
- Horário: 19hs
- Ingressos: R$ 25,00 antecipado
- Vendas: Novamusic
- Informações: Telefone da loja ou 81 - 8174.6725

10/01 - Recife / PE
- Local: Burburinho Bar
- Horário: 18hs
- Ingressos: R$ 30,00 antecipado
- Vendas: Opus Instituto Musical, Blackout Discos e Loja Playmusic
- Informações: 81 - 9911.7356 / 9433.6282 / 8662.9176

Para contratar um workshop “Voz e Bateria” ou um show da banda ALMAH em sua cidade, basta entrar em contato pelo e-mail: show@almah.com.br



Fonte: Almah

Revista Rock Meeting Nº 64 OUT NOW!





Mais uma edição da Rock Meeting acaba de ser lançada!

Já baixou a nossa coletânea comemorativa pelos 5 anos da Rock Meeting? 

Rock Meeting Collection vol. 2, totalmente gratuito, assim como esta revista sempre foi.


Leia agora esta edição feita especialmente para você!


# Nesta edição #


Capa: Ratos de Porão
Coluna – Doomal | Review | O que estou ouvindo? | Perfil RM com Vitor Rodrigues (VoodooPriest)
News – World Metal 
Entrevista – Hatefulmurder | Eye of Gaia | Kattah | Maicon Leite (Tá no Sangue)
Review – Destruction & Suffocation




Você não viu as edições anteriores?

Veja todas as edições: http://issuu.com/rockmeeting




C.P.D. – Malditos S.A. (CD)

Bandeira Negra/Metal Reunion/Parayba Records/Albergue do Rock

Nota 8,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


O Brasil, desde o início dos anos 80, tem uma enorme tradição em fazer Punk Rock e Hardcore. CÓLERA, OLHO SECO, REPLICANTES, INOCENTES, R.D.P. e muitos outros atestam que a força do gênero por aqui é grande, e a criatividade é sempre em alto nível. Tendo esta herança, fora algumas influência do Crossover e do Thrash Metal, não é de se estranhar que o quinteto carioca C.P.D. (ou como é conhecido pelos mais chegados, CHÁ PRA DOIDO) mostra as garras em seu primeiro álbum, “Malditos S.A.”, uma paulada nos ouvidos.

A ordem no CD é simples: Hardcore/Crossover simples e direto, cru, rude e que é capaz de rasgar os ouvidos dos não iniciados. Mas ao mesmo tempo, nessa simplicidade artesanal, não se pode negar de forma alguma seus méritos Vocais rasgados bem ferozes, riffs de guitarra densos e ganchudos, baixo e bateria com boa técnica e sustentando a música da banda perfeitamente. E em 12 faixas curtas, a banda empolga bastante, mesmo sem serem inovadores (e nem precisam ser).

C.P.D.
A produção sonora é seca e crua, despojada e sem muitas firulas, preservando o espírito HC da banda intacto. Mas ao mesmo tempo, o trabalho feito Rafael Lopes em parceria com o quinteto é de qualidade razoável, se podendo ouvir cada instrumento em seu devido lugar. Ou seja, aliou-se o velho “Do It Yourself” do Hardcore à qualidade compatível com o que a música da banda pede. Em termos de arte, o trabalho de Luiz Calixto e Raphael Gabrio ficou muito bom, evitando um número grande de cores e com diagramação simples, mas funcional e que se encaixa à proposta sonora do grupo.

O ponto forte das composições do quinteto é bem evidente: fazer música com energia e vibração, onde a técnica não é importante. Mas isso não desmerece de forma alguma a capacidade do C.P.D. em criar música de ótima qualidade e arranjos muito ganchudos, daquele tipo que se ouve, assimila-se rapidamente e se joga na roda de pogo.

O disco é composto de 12 faixas curtas que não cansam os ouvidos, com destaque para a insana “Desordem” (reparem bem nos riffs gordurosos e firmes, que lembram bastante o Crossover), a densa e pesada “Malditos” (baixo e bateria estão bem firmes na marcação, dando peso absurdo à música), “Condenado” (que possui algumas variações rítmicas muito boas, fugindo um pouco da simplicidade musical da banda), a bruta “Político, Corrupto, Ladrão” (outro murro nos ouvidos, baixo e bateria mais uma vez se destacando. E reparem nas falas no início e fim da música), a pogante “Bala Perdida” (belo trabalho dos vocais), a puramente HC “Sem Destino”.

Um belo trabalho, e esperemos que o quinteto nos dê mais e mais alegrias como “Malditos S.A.” no futuro.



Músicas:

01. Lado Mau
02. Desordem
03. Malditos
04. Condenado
05. Inferno na Terra
06. Político, Corrupto, Ladrão
07. Programado Para Matar
08. Bala Perdida
09. Grito Suicida
10. Sem Destino
11. Marcado Para Morrer
12. Destruição Atômica


Banda:

Flavio Mariete – Vocais
Luiz Calixto – Guitarras 
Leonardo Lara – Guitarras 
Zé – Baixo 
Rod – Bateria 


Contatos:

Roadie Crew (ed. #192): a nova fase do Angra





A edição de janeiro da revista ROADIE CREW (#192), que estará nas bancas na semana de 5 a 9 de janeiro, traz entre os destaques de capa uma entrevista com o Angra, que promove "Secret Garden", oitavo álbum de estúdio e primeiro a contar com a nova formação - Fabio Lione (vocal, Vision Divine, Rhapsody Of Fire), Rafael Bittencourt (guitarra e vocal), Kiko Loureiro (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria). Rafael Bittencourt e Fabio Lione falam de mudanças, desafios, desejos e dos objetivos de uma banda disposta a olhar para frente e continuar o seu caminho sem ter que provar nada para ninguém. "Este é um novo começo. O Angra não tem que provar nada, eles são livres para fazer o que quiserem", diz Lione. "Acho que conseguimos colocar no disco o que os fãs esperam, os moldes tradicionais do Angra, mas também muitas coisas novas", acrescenta Bittencourt.


Ed. #192 (janeiro, 2015) - entrevistas:
Angra
1349
Devin Townsend
Miasthenia
Noturnall
Project46
Sanctuary
Slipknot
Unisonic (Michael Kiske)

Seções:
Cenário: Age Of Artemis, Hellarise, Screams Of Hate, Supersonic Brewer, Pandemmy, Flageladör, Desert Dance, Gutted Souls, Mattilha, Addicted To Pain e Dark Avenger
Eternal Idols: Randy Coven
Blind Ear: Steve "Zetro" Souza (Exodus)
Background: Queensrÿche (Pt. 4)
ClassiCover: Alone Again Or (Love / UFO)
Playlist: Marcelo d'Castro (Necromancia)
Hidden Tracks: Dangerous Toys
ClassiCrew 75: Rush (Fly By Night)
ClassiCrew 85: Loudness (Thunder In The East)
ClassiCrew 95: Van Halen (Balance)
Profile: Pedro Esteves (Liar Symphony)
Live Evil: Kansas, Paul McCartney, Destruction, Stryper, Within Temptation, Free Pass Metal Fest e Evil Hail Fest
Pôster: Calendário 2015 (Pantera)

A Roadie Crew ainda traz a cobertura do Kiss Cruise e os melhores de 2014 segundo a equipe da revista. Mais informações em http://www.roadiecrew.com/

Para adquirir pelo site acesse - http://www.roadiecrew.com/anteriores.php ou
entre em contato pelo telefone (11) 5058-0447



Fonte: Roadie Crew

Tá no Sangue – A História do Rock Pesado Gaúcho (anos 70 e 80)

Por Marcos “Big Daddy” Garcia


Um dos grandes feitos em termos de literaturas é justamente o de registrar e resgatar aspectos históricos, sociais e políticos de dada época e/ou movimento. Mas quando se lida com algo de contexto histórico, é sempre laborioso, já que implica em buscar fontes de informações dignas de confiança, como jornais, artigos acadêmicos, revistas, e mesmo testemunhos de pessoas que viveram tais momentos aos quais obras se dedicam a narrar. E quando lidamos com uma obra como “Tá no Sangue – A História do Rock Pesado Gaúcho (anos 70 e 80)”, é perceptível que seus autores realmente tiveram um trabalho de Hércules para levantar tanta informação.

O tema do livro, como seu próprio nome deixa explícito, é o de resgatar a história da cena roqueira do Rio grande dos Sul, que deu ao país nomes de peso como ASTAROTH, LEVIATHAN, PANIC, e mais recentemente, KRISIUN (um dos grandes nomes do Metal nacional), REBAELLIUN, NEPHAST e outros.

E que se diga de passagem: o livro é um trabalho primoroso feito pelos autores Douglas Torraca, Luis Augusto Aguiar e Maicon Leite, todos eles pessoas calejadas dentro da cena Rock/Metal do Rio Grande do Sul.

O livro é já encontra no prefácio dois nomes de peso: Ricardo Batalha (Editor-Chefe da ROADIE CREW) fala um pouco de sua experiência com o Metal gaúcho, e Eduardo Martinez (guitarrista do PANIC) tece seus comentários sobre o gênero. 

Os autores
Falando do livro em si, é interessante notar que a obra mostra o início da cena roqueira do RS datando ainda no final dos anos 50, em bailes e festas em vários locais e cidades, e o surgimento de bandas mais adiante. E mesmo assim, paralelamente ao que já se mostrava em outras regiões, surgiam bandas como OS CLEANS, ALPHAGROUP e outros nomes, que são as raízes da cena gaúcha. E com uma narrativa deliciosa, somos levados a conhecer mais e mais da história do Rock dos Pampas. 

Outro ponto interessante é que nas divisas, ainda temos pequenas biografias de bandas (acompanhadas de testemunhos de fãs e músicos), comentários sobre vários pontos onde os fãs se aglutinavam para estarem juntos e curtirem músicas, vídeos, compartilharem fitas (em especial destaque para a loja Megaforce e seu folclórico dono, Adenir Kessler), Rádios, entre outros.

Um filé (ou churrasco, se preferirem) que existe é quando se entra nos aspectos históricos dos discos seminais da cena. Se São Paulo teve suas SP Metal e o HARPPIA com “A Ferro e Fogo”, o Rio de Janeiro teve “Ultimatum” do DORSAL ATLÂNTICA e METALMORPHOSE, Belém teve “Stress” do STRESS, e Belo Horizonte teve “Século XX/Bestial Devastation” do OVERDOSE e SEPULTURA, a cena gaúcha tem as coletâneas “Rock Garagem” I e II para contar um pouco de sua fase seminal nos anos 80. Também é interessante notar que nomes fortes como ASTAROTH, LEVIAETHAN e PANIC deixam registrados os discos que transcenderam as fronteiras do RS, pois “Na Luz da Conquista”, “Smile” e “Rotten Church” foram adquiridos por fãs em todo Brasil. E um dos pontos ressaltados em alguns pontos é que o Rock Gaudério possui algumas particularidades que o diferem de outras regiões do país, assim como o Rock praticado em outras regiões também diferem muito uns dos outros em muitos aspectos líricos/musicais. 

E outro aspecto muito bem ressaltado: falar em Rock implica em falar em várias vertentes do mesmo, e vemos que o Rock Progressivo e o Punk estão presentes, bem como se fala no início do Metal extremo no RS, e o livro ainda abrange shows internacionais, festivais, mulheres na cena, as figuras da cena, e uma sessão “In Memorian” (onde se reverencia a memória de pessoas importantes para a cena, entre eles Paulo Schroeber). Mas uma sessão especial é “Infectados pelo Vírus do Rock”, onde vários personagens da cena comentam como se deu o início dessa infecção bendita que leva a todos nós a irmos além da ambição financeira, sempre pondo o amor ao Rock acima de muitas coisas.

Diagramação privilegiada (com fotos de jornais, cartazes e bandas espalhadas por todo o livro, tornando a leitura mais interessante), depoimentos muito importantes e uma narrativa fluída e longe do “insight” insosso da academia, tudo em “Tá no Sangue” é de primeira, tornando o livro uma leitura obrigatória para todos que desejam conhecer um pouco mais de como a cena gaudéria se desenvolveu. E por meio dela, nos é permitido traçar um paralelo entre ela e as outras cenas regionais pelo país, e assim, ver como a cena nacional foi sendo construída como um todo.

Um trabalho excelente, que merece aplausos, e lembrando que este é apenas o primeiro volume, abrangendo os anos 70 e 80, logo, ainda temos mais duas décadas e a atualidade a serem contadas, o que será feito no futuro segundo volume.

O livro pode ser adquirido através dos sites e lojas listados na página oficial do projeto.


Contatos: