21 de dez. de 2015

SICK SICK SINNERS - Unfuckinstoppable (CD)


2014
Nacional

Nota 9,5/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Antes de tudo, música é uma diversão. Sim, tem que ser divertido, te fazer bem, independente de como você tem este sentimento. Ele se manifesta de várias formas, logo, não há como explicar algo tão amplo e tão abstrato. E sim, é assim que nos sentimento bem ao ouvir um disco, banda ou gênero muitas vezes seguidas e ter aquela sensação de prazer. E digamos de passagem: o trio curitibano SICK SICK SINNERS manja do riscado de fazer algo divertido e ótimo, pois "Unfuckinstoppable" é um disco para se ouvir vezes seguidas sem medo, e a diversão é garantida.

A banda faz aquilo que é conhecido como Psychobilly Maldito, ou seja, eles estão misturando Punk Rock, Rock'n'Roll tradicional e Rockabilly, ou seja, a musicalidade deles se baseia em um trabalho musical feito com arranjos simples e diretos, mas de grande acessibilidade e energia em altas doses. E sim, é extremamente ganchudo, e entrou nos ouvidos, não sai mais. E isso sem falar que a música do trio é maravilhosamente divertida, e de forma alguma é entediante. A música do trio é feita por vocais fortes e que exalam agressividade e ironia, riffs faíscantes, baixo e bateria em uma base forte e simples, mas de peso. E o baixo, meus caros, é acústico, ou seja, a sonoridade da banda foge bastante do convencional.

E apesar de ter um forte lado Punk, a produção sonora do grupo é muito boa, seca e intensa, com boa dose de agressividade, mas bem distante de ser sujo ao ponto de tornar a música da banda ininteligível. A produção lhes deu uma qualidade ótima, verdade seja dita.

Sick Sick Sinners
No tocante à arte, o trabalho da banda é ressaltado pelo digipack bem feito, feita por Wildner Lima, que pegou bem o espírito irônico e divertido da banda.

E é incrível como a banda, limitada pela técnica característica do Punk Rock se sai bem em criar riffs e bases rítmicas ótimas, sabendo nos manter presos ao som da banda. E isso sem contar que suas músicas não são longas (a média é de pouco menos de minutos), ou seja, a banda usa todo seu "know-how" para criar músicas ótimas.

É até difícil destacar uma ou outra faixa do disco, pois seria injusto. São dez canções ótimas sem tirar de dentro

Para uma primeira audição, a empolgante "Coffee Freak" (com ótimos riffs e mudanças rítmicas ótimas. Vocais e guitarras fazem bonito nela), "Where's My Baby Girl" (onde o baixo rouba a cena em vários momentos de uma canção raçuda e com ótimo refrão), a cavalar e instigante "Six Feet Underground", a irônica "Wild Party in Hell" (se não sacaram a música de onde surge o riff inicial... E que vocais ótimos nessa faixa com o jeitão mais Rockabilly da banda mais evidente), a icônica e antêmica "We Wanna Drink Some More" (para os cachaceiros em geral, é mais um hino, e ainda por cima adornado com adrenalina empolgante, mais excelentes riffs e backing vocals ótimos), a intensa "Unfuckinstoppable", e a esporreira desmedida de "Wasted Everyday". Depois, como o vício é certo, o CD vai ficar na função repeat do CD player até encher o saco do seu vizinho pentelho.

Excelente play, bandaça, e merece aplausos. Mas não os deixe perto de seu frigobar ou de seu estoque de bebidas...





Músicas:

01. Coffee Freak
02. Where's My Baby Girl
03. 3 Demons at My Door
04. Six Feet Underground
05. Wild Party in Hell
06. Same Breed
07. We Wanna Drink Some More
08. Unfuckinstoppable
09. Bacon Seed
10. Wasted Everyday


Banda:

Cox - Baixo, vocais
Vlad - Guitarras, vocais
Emiliano - Bateria, backing vocals


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