15 de nov. de 2015

DEF LEPPARD - Def Leppard (CD): Novo disco, velha garra

Músicas:

1. Let's Go 
2. Dangerous 
3. Man Enough 
4. We Belong 
5. Invincible 
6. Sea of Love 
7. Energized 
8. All Time High 
9. Battle of My Own 
10. Broke 'n' Brokenhearted 
11. Forever Young 
12. Last Dance 
13. Wings of an Angel 
14. Blind Faith 
2015
Shinigami Records
Nacional

Nota 8,5/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Contatos:




O tempo é a melhor prova de todas para uma banda de Metal ou Rock.

Sim, pois como nos fala um velho dito popular, "o tempo é senhor de tudo", logo, é uma questão de ver como a banda evolui e se mantém pelos anos, se é capa de se manter relevante à música após anos, e em alguns casos, ao sucesso. E um exemplo de que o tempo pode ser um aliado precioso é o quinteto inglês DEF LEPPARD, tão marcado por tragédias e sucessos, que chega com seu mais recente álbum, "Def Leppard", que ganhou versão nacional pela Shinigami Records.

Após o dueto de sucesso de "Pyromania" e "Hysteria" (álbum que vendeu mais de 25 milhões de cópias no mundo todo e que emplacou sete Singles na época), a banda teve altos e baixos, com discos de relativo sucesso, outros que passaram meio que desapercebidos, mas sempre mostrando que o quinteto ainda não havia desistido de fazer música. Em "Def Leppard", o que ouvimos é o bom e velho DEF LEPPARD buscando ser aquilo que são: uma banda de Hard Rock/Rock and Roll com alguns elementos de AOR, só que sem a pretensão de atingir o sucesso dos tempos áureos. E mesmo assim, o disco é um tesão de bom!

Sim, pois "Def Leppard" ainda mostra que o grupo sabe fazer músicas que nos envolvem na primeira ouvida, com ótimos refrões, arranjos muito bons, e de certa forma, não tão engessadas em termos de estilo, ou seja, não estão preocupados se vai soar Pop, Rock, Metal, Hard ou o que seja. Apenas fazem o que fazem, e é de alto nível mais uma vez.

Produzido pelo próprio grupo, a sonoridade como um todo é clara, com aquela dose de peso essencial, mas soando orgânica, firme e se encaixando ao que cada uma das músicas pede. Um trabalho bem feito, embora nada muito super-produzido. 

Talvez a maior de todas as vantagens de "Def Leppard" é o fato dele ser um disco despretensioso. Sim, pois após a banda já ter experimentado tantos dissabores e sucessos, o que resta é apenas a vontade de continuar fazendo música. E para uma banda que está a quase 40 anos na estrada, isso não é pouco, já que cada música tem uma personalidade, um valor a agregar.

Let's Go - Primeiro Single, com um andamento ganchudo não muito rápido, ótimo refrão, que lembra bastante os tempos mezzo AOR, mezzo Hard Pop de "Hysteria" e "Adrenalize". Reparem bem nos backing vocals mais melodiosos e macios, e na voz bem postada de Joe Elliot.

Dangerous - Outra com uma queda para o AOR/Hard Pop, mostrando um trabalho muito bom nas guitarras. Óbvio que quem conhece Phil Collen e Vivian Campbell, sabem o quanto eles podem render.

Man Enough - Aqui, uma faixa um pouquinho mais pesada, mas recheada com um groove muito bom, aquele jeitão mestiço que o Hard herda do Blues e do Soul americanos. E basta uma olhadinha na cozinha de Rick Savage (baixo) e Rick Allen (bateria) para ver que eles dão conta do recado.

We Belong - Uma baladinha Rocker muito boa, e quem conhece o quinteto, sabe que isso é um de seus pontos fortes. Um belíssimo e envolvente refrão, backing vocals caprichados e arranjos com guitarras limpas muito bons. Um dos melhores momentos do disco

Invincible - Bem mais pop, apesar das guitarras com uma distorção mais marcante, é uma canção ótima, belos andamento e mais uma vez, belos vocais (apesar de Joe não usar mais os tons agudos do passado).

Sea of Love - Mais pesada e direta, tem aquele jeitão Hard de músicas que ouvimos em "High'n'Dry", ou seja, não muito elaborado, mas muito boa, com uma pegada mais intensa.

Energized - Recheada por backings mais melodiosos, é uma canção um pouco mais despretensiosa, quase Pop, mas mostra seu valor no trabalho de vozes.

All Time High - Os solos são uma coisa fantástica nessa música mais pesada, mais Rocker, mas adoçada com belo trabalho de vocais. É uma canção que levanta até defuntos.

Battle of My Own - Meio Rock e meio Country no início, é uma canção diferente do geral do disco, pois 75% levada somente apenas por violão e vozes, até que baixo e bateria entram arrebentando tudo pela frente.

Broke'n'Brokenhearted - Aqui, mesmo com a roupagem mais Hard, a banda revisa um pouco (só um pouco) uma de suas influências iniciais, o AC/DC, com riffs mais diretos e solos envenenados. 

Forever Young - Outra com um molho Southern/Country, onde a base baixo-bateria mostra sua força e peso, conduzindo bem a canção que é entremeada por um trabalho muito bom de guitarras.

Last Dance - Nesta, temos uma quase balada, desta vez usando violões e vocais muito bem colocados, quase uma referência ao que o BON JOVI fez em "Wanted Dead or Alive", apenas um pouco mais elegante.

Wings of an Angel - Mais Rock and Roll direto, uma canção em que peso e melodia se aliam bem, cheia de momentos mais lentos e climáticos, e outros um pouco mais rebeldes e cheios de energia.

Blind Faith - Aqui, uma balada mais climática, alguns arranjos de teclados, guitarras com timbres mais amenos (às vezes alguns mais intensos aparecem, é claro), tudo em seu lugar. Apesar de Joe usar timbres mais baixos, soube como fazer a coisa com excelência, de maneira harmoniosa.

Óbvio que não é um clássico, e nem almeja isso. Mas verdade seja dita: "Def Leppard" é um disco que pode constar na discografia de qualquer fã que se preze.

Banda:

Joe Elliott - Vocais
Phil Collen - Guitarras
Vivian Campbell - Guitarras
Rick "Sav" Savage - Baixo
Rick Allen - Bateria



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