1 de jun. de 2015

Warsickness – Stay Drunk in Hell (CD)

Independente
Nota 9,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia




O Thrash Metal no Brasil vai muito bem, obrigado. Esta afirmação parte de que o gênero, que teve um enorme crescimento nos últimos 10 anos após anos em que ficou de lado, tem gerado ótimas bandas. Tudo bem, alguns Dolly clones aparecem bastante por aí, mas é legal ver muitas bandas que, se não chegam a inovar, fazem trabalhos ótimos. E um grupo com um trabalho ótimo é, sem sombra de dúvidas, o WARSICKNESS, um quinteto de alcoólatras Thrasher de Itapevi (SP), que enfim chega com seu primeiro álbum, “Stay Drunk in Hell”, após o EP “Reign of Chaos, Pain and Torture” de 2012. 

Neste disco, reinam a ferocidade e pegada empolgante do Thrash Metal nos moldes da Bay Area nos anos 80 com alguns toques de Crossover, com técnica individual muito boa, e peso absurdo. Como dito acima, pode não ser inovador, mas tem personalidade muito forte. O trabalho do quinteto se baseia em ótimos vocais, que usam timbres agressivos normais, uma dupla de guitarras excelente, que faz belos arranjos em riffs e solos caprichados, base rítmica com muito peso absurdo e uma técnica bem providencial. Sim, em “Stay Drunk in Hell” tem muitos atrativos, e é um disco ótimo.

As mãos de Rafael Augusto Lopes (FANTTASMA, IMMINENT ATTACK) e da própria banda cuidaram da produção do CD, que foi gravado, mixado e masterizado no Casanegra Studios. É pesado, azedo, com uma sonoridade mais seca, mas de qualidade. E a arte de Márcio Aranha, que conseguiu dar corpo à insanidade sonora do quinteto, ficou ótima.

Warsickness
O WARSICKNESS desce a marreta em 8 composições muito boas (“Underset” é uma introdução), com arranjos bem dinâmicos (algo essencial ao Thrash Metal) e sabendo dar uma diversidade aos andamentos muito boa. E ainda temos as participações especiais de Jão (do R.D.P.), Dinho e Erick (ambos do IMMINENT ATTACK) em “Stay Drunk in Hell”, Jairo Neto (do CHAOS SYNOPSIS) em “Black Army”, que dão aquele toque diferencial que transforma aquilo que já é muito bom em algo ótimo.

Após a intro “Underset”, já temos de cara a rápida e agressiva “Do You Remember Your Death”, que apresenta um trabalho absurdo de guitarras, tanto em riffs insanos como no solo com boa técnica; seguida de “Warsickness”, um pouco mais cadenciada e diversifica em termos de andamento, mais ainda assim raivosa, com vocais intensos e bem assentados na base instrumental. Em “Black Army”, temos uma faixa com andamento rápido, mas com boas variações rítmicas, novamente com guitarras ótimas, mas existem momentos mais amenos e não tão velozes, onde vocais guturais emprestam um tom mais soturno e denso à música. Em “Warthrash” mais velocidade e peso, com boa técnica. “Evil Christ” começa mais cadenciada e trampada, mas logo se transforma em uma música empolgante, apresentando belo trabalho de baixo e bateria. Agora, mesmo sendo uma canção com boa dinâmica entre baixo, guitarras e vocais, andamento variado e tudo mais de bom, se uma música com o nome “In Beer We Trust” não for capaz de te satisfazer, está ouvindo o gênero musical errado para ti. “Alcoholic Brain” dá uma mostra de elementos de outras vertentes de Metal dentro da sonoridade rasgada do grupo, outra com baixo e bateria em grande forma, fora backing vocals muito bem sacados. E fechando o disco, temos outro murro na cara, “Stay Drunk in Hell”, com jeitão HC/Crossover, guitarras agressivas e vocais ótimos.

E diferentemente do seu bar favorito, que fecha em algum momento, “Stay Drunk in Hell” nas mãos é satisfação garantida. E sem ressaca!



Músicas:

1. Underset
2. Do You Remember Your Death
3. Warsickness
4. Black Army
5. Warthrash
6. Evil Christ
7. In Beer We Trust
8. Alcoholic Brain
9. Stay Drunk in Hell


Banda:

Diogo Moreschi – Vocais 
Carlão – Guitarras 
T.J. – Guitarras 
Alan Magno – Baixo 
Guilherme – Bateria 


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