27 de abr. de 2015

Old James - Old James (EP)

Independente

Nota 9,0/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia



Muitos são aqueles que ainda sentem aquela paixão pelo Hard’n’Heavy and Roll dos anos, quando a música era feita de forma mais espontânea e onde as exibições de técnica eram uma conseqüência do trabalho em si do que uma obrigação. E é ótimo ver bandas que fazem isso hoje em dia, mas sabendo atualizar a coisa, para não soar datado ou uma imitação. E o quarteto canadense de Ontário OLD JAMES sabem muito bem como fazer a coisa, tendo em vista aquilo que transmitem em “Old James”, seu EP.

Puro feeling salta de cada música, aquele Hard’n’Roll anos 70, com fortes doses de Blues e Rock’n’Roll, mais o feeling do Southern Rock. Mas a banda faz algo um pouco menos psicodélico e mais seco, onde a carga de bandas como LED ZEPPELIN, o velho LYNYRD SKYNYRD, alguma coisa do ALICE IN CHAINS e SOUNDGARDEN, mais certa dose do Soul que nos remete um pouco ao que Lenny Kravitz faz, com muito suingue e melodia. Sim, temos vocais ótimos e bem postados, guitarras com riffs intensamente pesados e bem bluesy (e solos melodiosos com bastante feeling), baixo e bateria com técnica apurada na medida certa, e assim, resultam em uma música de sabor misto, mais inebriante aos sentidos.

Old James
Produzido por Roy Hayes Cirtullo e com masterização de João Carvalho, a sonoridade tem qualidade, pois podemos ouvir cada instrumento separadamente do outro, mas sem retirar aquela espontaneidade tão necessária ao grupo, fora ter um peso e bom gosto ótimos. A capa é simples, e assim, transmite a aura da identidade do quarteto.

Arranjos bem feitos, tudo em seus devidos lugares, nota-se que a banda não exagera na técnica individual, muito pelo contrário: eles fazem aquilo que a música pede, e assim, o jeito bem descompromissado e espontâneo do trabalho não é alterado.

“Just Be” abre o trabalho com um jeito muito espontâneo e mantendo a energia em doses exageradas, com belo trabalho das guitarras e vocais. Em “Spade”, já temos algo mais pesado e com boa dose de suingue, baixo e bateria aparecendo bem, fora um refrão bem feito. Já “Mystery” tem um início intimista bem calcado no Blues Rock, antes de ganhar mais energia. Em “The Wave”, mais peso e espontaneidade vertendo dos falantes em alta dose, mais uma vez com baixo e bateria mostrando serviço, mas ao mesmo tempo, ótimas vocalizações. E encerrando o EP, “Don’t Put It on Me”, aquele típico Rock’n’Blues denso e pesado, algo que JIMI HENDRIX fazia com maestria, e aqui aparece em boa forma, onde as guitarras se sobressaem bastante.

Ótimo trabalho, sem sombra de dúvidas, e servem para credenciar a banda para vôos mais altos.



Músicas:

01. Just Be
02. Spade
03. Mystery
04. The Wave
05. Don’t Put It on Me


Banda:

Brian – Vocais
Andy – Guitarras 
Branden – Baixo 
Chris – Bateria 


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