11 de jul. de 2014

Resenha: Arch Enemy - War Eternal (CD)

Nota 9,5/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E enfim, chega o momento de falar do "War Eternal", novo disco do ARCH ENEMY, um dos nomes mais fortes e respeitados do Melodic Death Metal mundial.

O maior comentário que se fazia antes do lançamento do disco era até onde Alissa White-Gluz (ex-vocalista do THE AGONIST) poderia substituir à altura a diva Angela Gossow, cujos vocais ajudaram a consolidar o estilo da banda. Se for por isso, os fãs do quinteto podem ficar mais que sossegados: ela não decepciona, mas tenha em mente que ela tem personalidade, seu próprio jeito de cantar e se impõe com categoria como vocalista. Não há necessidade de ter saudades de sua antecessora, ainda mais que os últimos discos da banda com ela deixaram alguns fãs mais xiitas com o pé atrás. É o bom e velho ARCH ENEMY, mas diferenciado, apenas isso. 

O Melodic Death Metal que os fez atingir o sucesso está ali, intacto, ainda bem técnico e trabalhado, mas sem perder a força, com ótimos vocais (como mencionado acima), a dupla de guitarras está sublime nos riffs e solos, baixo e bateria perfeitos em técnica e mantendo uma pesada base rítmica, e incursões de teclados, violinos e orquestrações (contribuições de Ulf Janson, Henrik Janson, e Per Wiberg) perfeitos. Só poderia ser um ótimo trabalho, pesado e bem feito.

"War Eternal" conta com um time e tanto na produção: Jens Bogren cuida da mixagem e masterização, Staffan Karlsson cuida da parte dos vocais, Johan Örnborg da bateria, com Linn Fijal na engenharia sonora como um todo. É claro que quem conhece de longa data vai estranhar um pouco que a banda nunca soou tão limpa e seca em termos de gravação, embora o peso e impacto sonoro musicais continuem os mesmos de sempre. Já a arte de Costin Chioreanu deu um toque de refinamento visual ao trabalho sonoro do grupo.

O ARCH ENEMY resolveu fazer de "War Eternal" um de seus melhores discos, caprichando em suas composições e arranjos, tanto que o trabalho ficou extremamente polido e técnico, e o uso de orquestrações deixou o álbum em um outro nível, pois parece que eles resolveram ousar um pouco mais, e saíram da zona de conforto. Tanto que ver "War Eternal" como apenas mais um disco da banda é ser leviano.

Pontos altos: a explosão de brutalidade de "Never Forgive, Never Forget" (reparem que as guitarras estão excelentes, e é um belo cartão de apresentação de Alissa), "War Eternal" (caramba, que paulada de peso e agressividade, com um trabalho fantástico tanto das guitarras quanto dos vocais, em uma música altamente empolgante e bem feita), "You Will Know My Name" (um início meio soturno, para então mostrar-se uma canção mais melodiosa e com um andamento não tão veloz, o que mostra o quanto a cozinha da banda é firme e técnica), a pesada e rasgada "Time is Black" (onde a participação dos teclados deu um embelezamento extra), e a sinuosa e ganchuda "Avalanche" (novamente show das guitarras, e mais belos arranjos orquestrais nos momentos certos). Falar mais que isso seria excessivo, e desnecessário.

Pode ser dizer que se "War Eternal" não é o melhor disco do ARCH ENEMY, mas pelo menos mostra a banda revigorada e pronta para novos desafios. E o melhor de tudo é saber que existe uma versão nacional já disponível no mercado.





Tracklist:

01. Tempore Nihil Sanat (Prelude in F Minor)
02. Never Forgive, Never Forget
03. War Eternal
04. As the Pages Burn
05. No More Regrets
06. You Will Know My Name
07. Graveyard of Dreams
08. Stolen Life
09. Time is Black
10. On and On
11. Avalanche
12. Down to Nothing
13. Not Long for This World


Banda:

Alissa White-Gluz - Vocais
Michael Amott - Guitarras
Nick Cordle - Guitarras
Sharlee D'Angelo - Baixo
Daniel Erlandsson - Bateria


Contatos:

BACKSTAGE traz novas do Judas Priest, Yes e Cannibal Corpse



O Metal God Rob Halford, frontman do Judas Priest, comanda o tradicional grupo em novo álbum

Como de costume, as principais novidades do mundo do rock/metal mundial são as atrações do programa Bcakstage, que vai ao ar, todo domingo, pela KISS FM (102,1 MHZ – SP), com produção e apresentação de Vitão Bonesso.

A edição nº 1387 mostra mais faixas dos novos trabalhos dos ingleses do Judas Priest, “Redeemer Of Souls”, dos alemães do Grave Digger com o álbum “Return Of The Reaper”, e o Tankard que nos brinda com “R.I.B.”.

Os fãs da música pesada não podem deixar de conferir o novo álbum do Cannibal Corpse, “A Skeletal Domain”, o glorioso Motörhead em um momento da “Tour Edition”, presente no CD bônus da edição especial do mais recente trabalho “Aftershock”, e faixas de “Heaven & Earth”, novo álbum dos veteranos do Yes.

No bloco “Backstage The Classics”, mais um grande clássico registrado ao vivo. Desta vez, o destaque fica por conta do CD bônus da Extended Version do álbum “Born Again”, que traz no segundo disco, a banda ao vivo pela primeira vez ao vivo na Inglaterra, tendo Ian Gillan nos vocais, promovendo o álbum de mesmo nome, no Reading Festival, em agosto de 1983. Iron Maiden e Hell completam a festa do seu dial.

Durante o decorrer do programa, os ouvintes poderão se cadastrar em radiobackstage@radiobackstage.com ou pelo www.facebook.com/vitao.bonesso, e concorrer a pares de ingressos para a apresentação do Electric Funeral, dia 19 de julho, no Blackmore Rock Bar, em São Paulo.

Programa Backstage – 1988 – 2013 – 25 anos a serviço da música pesada!
Domingo das 22 às 00h
Kiss FM:
102,1 MHZ - São Paulo e Grande São Paulo
107,9 MHZ - Campinas e região
102,9 MHZ - Litoral Paulista
102,3 MHZ - Brasilia DF e região
Ouça pela internet acessando: www.kissfm.com.br
Confira as edições anteriores no sistema “On Demand”, acessando www.radiobackstage.com (.br)
Rádio Backstage: www.radiobackstage.com (.br) – 8 anos transmitindo 24 horas com canais dedicados ao Heavy Rock e ao Classic Rock.

Próximas divulgações THE ULTIMATE MUSIC – PR:
20/07 – Krisiun + Confronto – Plaza Hall – Sorocaba/SP
20/08 – The Mission – Carioca Club – SP/SP
26/08 - 07/09 – CJ Ramone (ex-baixista dos Ramones)
07/09 – DEATH: DTA – Via Marquês - SP/SP
13/09 – Peter Murphy e Wayne Hussey – Carioca Club – SP/SP
17-28/09 – Dave Evans (1º vocalista do AC/DC)
27/09 – Angra – Plaza Hall – Sorocaba/SP
28/09 – Gloria + Strike – Plaza Hall – Sorocaba/SP
04/10 – Exodus – Carioca Club – SP/SP
05/10 – Toxic Holocaust – Clash Club – SP/SP
08/11 – Behemoth – Carioca Club – SP/SP
Mais infos sobre os shows acima, acesse https://www.facebook.com/UltimateMusicPR.



A/C Costábile Salzano Jr
11 4241.7227 | 11 9 6419.7206

Darkship: a relação entre a Música Clássica e o Heavy Metal




Prestes a se graduar em Canto na UFRGS, o vocalista Joel Milani, da banda de Heavy Metal DARKSHIP, explicou em detalhes a conexão que existe entre a Música Clássica e o som pesado, e embora a sonoridade da banda seja mais voltada ao peso. Há muitas influências eruditas em seu “background”, como explicou: “Acho que no caso das músicas do DARKSHIP temos a grande soma das influências que todos da banda acumularam e aí no meio vai ter a fonte erudita, não só minha, assim como de todos da banda. Por exemplo, para solo da música “We Are Lost” foi composto um contraponto entre guitarra e teclado. Eu penso que é uma grande mistura de elementos.”. E dentre as influências pesadas, o músico comenta: “Eu não seria justo se não citasse Angra como a primeira da lista, eles tiveram grande culpa em eu conhecer esse estilo. Porém hoje em dia já escuto muito mais outras bandas excelentes, como Symphony X, Epica, Nightwish, Kamelot e Within Temptation”.

A paixão do vocalista surgiu, curiosamente, através de um músico gaúcho: “Não recordo de um fator isolado, mas lembro de que como eu tocava violão, sempre assistia perplexo às performances do Yamandu Costa na TV, com isso comecei a ouvir e pesquisar mais coisas voltadas para música erudita, e como você sabe, depois que você escuta Mozart, não tem mais volta. Depois disso entrei para uma orquestra e comecei a tocar trompete e já comecei a ter a ideia de seguir ruma formação nessa área da música.”


E neste sábado, haverá o Recital de Graduação em Canto na UFRGS, onde Joel cantará obras de Monteverdi, Händel, Mozart, Schubert, Verdi, Villa-Lobos, Weber, entre outros. No texto abaixo Joel lista algumas de suas obras preferidas, e convida a todos a comparecerem ao Recital.



Obras fundamentais de Música Clássica

Esse é um bom assunto, porém é um tanto complexo para ser citado em apenas algumas obras. Na verdade, só por curiosidade, quando se fala em música clássica, sempre me leva a pensar no “período clássico da música”, então para esclarecer por que às vezes algumas pessoas podem fazer certa confusão, no caso falamos em “música erudita” dentro da faculdade. Bom, vou citar (numa ordem cronológica) obras que eu considero fundamentais e que realmente gosto.

Começo com uma obra chamada “El Grillo” do compositor Josquin des Prez (1440 – 1521), o qual é um compositor plenamente renascentista, e importantíssimo, pelo falto de começar a compor sem papel já existente, deixando o canto gregoriano para trás. Acho essa música muito divertida, e vários corais a interpretam hoje em dia.

As próximas duas obras (mas vamos contar como uma extra) são do grande compositor Claudio Monteverdi (1567 – 1643), uma chamada “Lamento Della Ninfa” (que cantei em alguma etapa da minha graduação), peça linda, feita para dois tenores, um baixo e um soprano, com acompanhamento de baixo contínuo, e “L’orfeo”, considerada a primeira ópera catalogada, a qual tive a enorme satisfação de cantar no ano passado, no papel de “Apollo” (pai de Orfeu), e acho que não preciso explicar sua importância dentro da música erudita.

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750), nosso mestre do contraponto, dentre milhares que poderia destacar, gosto muito da “clássica” “Tocata e Fuga em Dm”, Metal puro! (risos). Agora sim, entrando no Período Clássico, meu compositor favorito, o grande gênio Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791), cara, difícil citar uma só, mas tem uma que eu acho demais, é a abertura da ópera “Don Giovanni”, toda obra é excelente, inclusive já cantei árias dessa ópera, mas acho insano aquele início. Faltariam ainda várias obras pra citar, mas não ficaria feliz se não citasse o “tio Beth” (risos), Ludwig van Beethoven, apesar de a “Nona Sinfonia” ser um grande marco na história da música, eu acho muito foda a Terceira Sinfonia dele.


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Assessoria e Shows

Republica faz shows com Noturnall e Almah neste fim de semana




Formado pelo vocalista Leo Belling, os guitarristas Luiz Fernando Vieira e Jorge Marinhas, o baixista Marco Vieira e o baterista Gabriel Triani (ex-Tempestt, Ripper Owens), o REPUBLICA é uma banda que já nasceu grande. O grupo já tem três álbuns lançados, sendo que o mais recente, "Point Of No Return", de 2013, foi produzido por Luis Paulo Serafim (premiado produtor brasileiro - vencedor de três Grammys) e contou com participação de Roy Z (Bruce Dickinson, Rob Halford, etc). Não obstante, o REPUBLICA abriu os shows da última turnê do Deep Purple no Brasil e no ano passado se apresentou nos dois maiores festivais de rock da América Latina, o Rock In Rio e o Lollapalooza. Também são constantemente pauta das principais publicações sobre música do mundo, como a revista Rolling Stone, que inclusive elegeu o single "Change My Way" como a "Melhor Música de Heavy Rock de 2013" e avaliou o álbum com 4 Estrelas (de 5). Músicas da banda também estão na programação das principais rádios rock do país como a KISS FM e a 89 FM. 

Recentemente o quinteto lançou seu mais novo videoclipe para a música "Life Goes On". Inspirado no 'Best Seller' "A Revolução dos Bichos" de George Orwell, o vídeo foi filmado no estacionamento do Estádio do Morumbi em São Paulo e já ultrapassou a marca de 85 mil visualizações.

Para assistir o videoclipe "Life Goes On" do REPUBLICA pela Vevo, acesse: http://vevo.ly/pS7uDT


Neste fim de semana o REPUBLICA tem dois importantes compromissos. Nesta sexta-feira, dia 11 de Julho, o grupo será uma das atrações do "II Santo André Rock Fest", evento que acontece no clube "Corinthinha" - Corinthians Futebol Clube de Santo André (Rua Sete de Setembro, 296 - Centro) e que também trará como atrações as bandas Almah (do ex-vocalista do Angra, Edu Falaschi) e Frantic. O festival terá início às 22h e os ingressos estão á venda pela Ticket Brasil: https://ticketbrasil.com.br/festival/2santoandrerockfest-abc-sp/

Já no sábado, dia 12, o Republica mais uma vez divide o palco com o Almah e também o Noturnall (formado pelos integrantes do Shaman e o baterista Aquiles Priester). O evento acontece no Bar Aquarius em São Paulo/SP e terá início às 22h com show de abertura da banda Rexor. Os ingressos estão à venda pela TicketBrasil: https://ticketbrasil.com.br/show/almah-noturnall-sp/. O Bar Aquarius fica na Rua Iososuke Okaue, 40 em Itaquera, São Paulo/SP.

Mais Informações:



Fonte: Som do Darma
Informações para Imprensa
A/C Eliton Tomasi
(15) 3211-1621  

Crédito Fotos: Rodrigo Pirim

Evil Hail Fest: confirmado grande festival de metal extremo em São Paulo






Festival acontece em Dezembro no Carioca Club.

O Evil Hail Fest será realizado no dia 14 de dezembro no Carioca Club em São Paulo e contará com 5 bandas internacionais.

Até o momento, as bandas confirmadas, são: Incantation (USA), Besatt (POL), Blood Red Throne (NOR) e Ragnarok(NOR).

Uma atração de peso será anunciada nos próximos dias, possivelmente a headliner do Festival, assim como todas informações sobre os ingressos.

Saiba mais sobre as bandas:

INCANTATION

Banda formada em 1989 nos EUA, representante legitima do death metal extremo, possui 10 álbuns de estúdio.  A formação atual conta com John McEntee (guitarra e vocal), Kyle Severn (bateria), Alex Bouks (guitarra) e Chuck Sherwood (baixo).

Veja o vídeo de “Invoked Infinity”:




BESATT

A banda polonesa Besatt foi formada em 1991 e possui 9 álbuns de estúdio.  Fazendo o mais puro black metal, o quarteto é formado por Beldaroh (baixo e vocal), Astaroth (guitarra), Exernus (bateria) e Colossus (guitarra).

Veja o vídeo de “Baphomet”:




BLOD RED THRONE

Formado em 1998 na Noruega, o quinteto que pratica death metal,  já lançou 7 álbuns e 1 EP. A formação atual do Blod Red Throne, é Yngve Bolt Christiansen (vocal), Dod (guitarra), Ivan Gujic (guitarra), Ole Bent Madsen (baixo) e John Vooren (bateria).

Assista o vídeo de “Primitive Killing Machine”:




RAGNAROK

Banda de black metal formada na Noruega em 1994, o Ragnarok possui 7 álbuns de estúdio. O grupo é formado por Jontho (bateria), Dezepit Cunt (baixo e backing vocals), Bolverk (guitarra) e HansFyrste (vocais)

Confira o vídeo e “Collectors Of The King”:



Em breve o anúncio de mais atrações e infos sobre o evento.

Produção: TC7 Produções


Evil Hail Fest
Bandas confirmadas até o momento: Incantation, Besatt, Ragnarok e Blood Red Throne
Dia 14/12- Domingo, 14h
Local: Carioca Club (Rua Cardeal Arco Verde, 2899- Pinheiros São Paulo-SP)
Capacidade: 1500 pessoas (ingressos limitados)



Resenha: Semblant - Lunar Manifesto (CD)

Nota 9,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E a criatividade de certas bandas realmente parece sera tônica em uma país cada vez mais rachado entre as tendências do Metal como um todo (quando as pessoas vão entender e aceitar que é tudo Metal, no final das contas?), especialmente em estilos que já foram tão erodidos por momentos de evidência que os fãs acabaram desaparecendo? Sim, é fato que os períodos de "modas" no Metal causam estragos, mas ao mesmo tempo, revelam boas ótimas, como o septeto SEMBLANT, de Curitiba (Paraná) volta a aparecer com seu segundo disco, "Lunar Manifesto", lançado pela Shinigami Records.

O grupo faz uma mistura de Dark Metal bem soturno com Metal sinfônico com muita melodia, peso, mix de vocais femininos e masculinos (estes últimos em timbres guturais, rasgados e normais), belas bases e solos de guitarras (percebe-se um esmero muito grande neles), teclados muito bem colocados, base rítmica de baixo-bateria com boa pegada e técnica, que mesmo sem ser algo extremamente original, mostra bastante personalidade e bom gosto. Me perdoem, mas este autor se recusa a usar o termo "Gothic Metal", por acreditar que ele é inexistente.

Semblant
A produção de "Lunar Manifesto" ficou nas mãos de Adair Daufembach (o mesmo que produziu bandas como COMMAND6, A RED NIGHTMARE, HANGAR, PROJECT46, entre outros), sendo gravado, mixado e masterizado no Daufembach Studio, em São Paulo. E Adair caprichou, deixando a produção sonora em um nível muito bom, limpa, com boa timbragem instrumental, mas com peso e bem intensa, além de um toque de sofisticação extremamente necessário ao trabalho do grupo. Já a arte, bem feita, é trabalho de Calos Fides, que soube captar a essência da música do grupo e colocar em forma visível. 

O grupo mostra que o tempo entre "Last Night of Mortality" (de 2010) e "Lunar Manifesto" foi muito bem usado e justificado, já que em termos de composição o grupo soube caprichar nas músicas, bem como arranjar e absorver influências musicais mais novas e colocá-las em prática. O grupo soube colocar para fora o que eles tem de melhor em forma de música: personalidade, mostrando-se mais agressivo, mas sem deixar sua elegância de antes de lado.

Ponto altos: a ríspida e modernosa "Incinerate" (os duetos de vocais estão ótimos, especialmente a alternância bruta dos vocais rasgados e guturais masculinos com a elegância e beleza da voz feminina, e isso sem falar o trabalho ótimo das guitarras, especialmente nos solos), a bem trabalhada "Dark of the Day" (mais uma vez, as guitarras mostram um trabalho fantástico), a belíssima "What Lies Ahead" (novamente os vocais mostram um trabalho bem diferenciado, fora baixo e bateria estarem fantásticos), a variada "Bursting Open" (as guitarras e arranjos de teclados roubam a cena aqui), "The Hands That Bleeds" e sua pegada mais suave e moderna (devido ao trabalho da bateria e teclados), a mais ríspida e terrorosa "Selfish Liar" (os vocais e arranjos de teclado conduzem a música por momentos bem soturnos, quebrados apenas com vozes normais que ajudam a alternar o clima denso da canção) e a encorpada e trabalhada "Scarlet Heritage (Legacy of Blood Part III)".

Saber diferenciar-se é preciso no mundo atual, e o SEMBLANT mostrou que isso sabe fazer com maestria.



Tracklist:

01. Incinerate  
02. Dark of the Day  
03. What Lies Ahead  
04. The Shrine  
05. Bursting Open  
06. Mists Over the Future  
07. The Hand That Bleeds  
08. Selfish Liar  
09. Ode to Rejection  
10. The Blind Eye  
11. Scarlet Heritage (Legacy of Blood Part III)


Banda:

Sergio Mazul - Vocais
Mizuho Lin - Vocais
J. "Gutto" Augusto - Teclados
Sol Perez - Guitarras
Juliano Ribeiro - Guitarras
João Vitor - Baixo
Welynton "Thor" Sikora - Bateria


Contatos:

Brasil Music Press (Imprensa)

Resenha: Tuomas Holopainen - Music Inspired by The Life and Times of Scrooge (CD)

Nota 10,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


Muitas vezes, vemos que o Metal, muitas vezes, pega temas de variadas fontes históricas/culturais para criação de disco conceituais. E muitos já foram os casos em que isso aconteceu. Mas é interessante ver que em outros, buscam-se fontes inesperadas na cultura Pop, como é o caso de TUOMAS HOLOPAINEN, líder e tecladista do NIGHTWISH em "Music Inspired by The Life and Times of Scrooge", onde a influência do tema vem de "The Life and Times of Scrooge McDuck", uma obra em quadrinhos de 1992, escrita e desenhada pelo cartunista Don Rosa, em que o personagem principal é ninguém menos que Scrooge McDuck, o tão querido Tio Patinhas das histórias em quadrinhos e desenhos animados, e sua saga, desde a infância pobre em Glasgow (Escócia) até se tornar o pato mais rico do mundo, com todas as suas aventuras, desventuras e dramas. E esta série, considerada uma Graphic Novel, é tão boa que recebeu o Prêmio Will Eisner de Melhor Série Continuada em 1995.

Deixando os quadrinhos de lado, e focando apenas o lado do disco, vemos que Tuomas caprichou em termos de composição, fugindo completamente do Metal sinfônico do NIGHTWISH, preferindo uma música mais ambiental, um Folk Rock, ou mesmo Folk, mais focada em teclados, piano e grandes orquestrações, ao mesmo tempo em que surgem grandes corais, didgeridoo, violinos, orquestras, banjo, gaita irlandesa, flauta, harmônica e bodhrán, criando uma atmosfera forte e densa, que nos conduz por uma música vibrante e cheia de vida.

Produzido pelo próprio Tuomas Holopainen (que ainda escreveu todas as letras), e tendo a ajuda de Pip Williams nos arranjos de orquestra, não se poderia esperar nada menos que a perfeição sonora absoluta. Sim, a limpeza é absoluta, já que para este tipo de trabalho, ela é extremamente necessária, mostrando um nível acima do que ele já fez antes. E na arte, o próprio autor e desenhista da Graphic Novel original, Don Rosa, emprestou seu talento e criou toda a arte do CD, em um trabalho soberbo (tanto que preferi pôr a arte completa acima, e não apenas a capa).

Em termos musicais, o que envolve o nome de Tuomas é sempre soberbo e grandioso, as músicas bem arranjadas e com uma dinâmica que não dos deixa enjoar do disco, mas que nos conduz, e somos quase capazes de ver e ouvir o velho Patinhas em suas aventuras, alegrias e tristezas. E isso auxiliado por convidados como Dermot Crehan (violinos), a Orquestra Filarmônica de Londres, os corais do grupo METRO VOICES, Jon Burr (harmônica), Teho Majamäki (didgeridoo), Mikko Iivanainen (guitarras, banjo), Troy Donockley (gaita irlandesa, flautas, bodhrán), Alan Reid (nos vocais, como Patinhas McDuck em "Glasgow 1877", "The Last Sled", e "Go Slowly Now, Sands of Time"), Johanna Iivanainen (cantora finlandesa como narradora e Downy O'Drake, mãe de Patinhas em  "Glasgow 1877", "The Last Sled", "To Be Rich", e "A Lifetime of Adventure"), Johanna Kurkela (outra cantora da Finlândia como Goldie O'Gilt, ou "Glittering" Goldie em "Glasgow 1877", "Into the West", "Dreamtime", "The Last Sled", "To Be Rich", "A Lifetime of Adventure" e "Go Slowly Now, Sands of Time"), e Tony Kakko (do SONATA ARCTICA, como narrador em "Cold Heart of the Klondike"). Um time forte, que realmente faz de "Music Inspired by The Life and Times of Scrooge" um disco essencial.

Destacar uma música ou outra é bem difícil, já que o trabalho é bem esmerado, com belos arranjos em todas as faixas, de "Glasgow 1877" (um música bem focada em uma atmosfera amena, com belos arranjos orquestrais), passando pela puramente Folk "Into the West" (onde mais orquestrações são entremeadas por arranjos de bandolim), e as instrumentais "Duel & Landscapes" (cheia de variações instrumentais inimagináveis) e "Dreamtime" (onde existem arranjos com didgeridoo em meio aos teclados e percussões). Seguindo, temos a grandiosa "Cold Heart of the Klondike" (belíssimos corais, flautas e orquestrações grandiosas), a linda e intimista "The Last Sled" (que lindo vocais feminino, entremeados por corais, narrativas e orquestrações muito bem pensadas e arranjadas), a instrumental mais carregada de sentimento "Goodbye, Papa" (com um fino arranjo de piano, que cede espaço para orquestrações e violinos mais para o meio), "To Be Rich" e toda sua forte carga sentimental (onde os vocais nos embalam docemente), a linda e intimista "A Lifetime of Adventure" (não tão grandiosa nos arranjos como as anteriores, mas fantástica graças aos vocais femininos bem macios e agradáveis), e por fim, "Go Slowly Now, Sands of Time" (uma canção mais calma, onde o instrumental a princípio é regido por um violão, para depois surgirem vozes e o foco instrumental ficar nos teclados). E para aqueles que reclamam por um "algo a mais", a versão brasileira ainda tem um bônus em uma versão alternativa em "A Lifetime of Adventure" (que é mais focadas nos arranjos vocais do que no instrumental).

Belíssimo trabalho, sem sombra de dúvidas, que mostra a versatilidade de um dos músicos mais completos do Metal nos últimos tempos.



Tracklist:

01. Glasgow 1877
02. Into the West
03. Duel & Cloudscapes
04. Dreamtime
05. Cold Heart of the Klondike
06. The Last Sled
07. Goodbye, Papa
08. To Be Rich
09. A Lifetime of Adventure
10. Go Slowly Now, Sands of Time
11. A Lifetime of Adventure (alternative version)


Banda:

Tuomas Holopainen - Teclados, piano, composição


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