19 de mai. de 2014

Resenha: Legion of the Damned - Ravenous Plague (CD)

Nota 9,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E eis que o LEGION OF THE DAMNED, um dos nomes mais fortes da cena holandesa de Metal, chega com mais um álbum, "Ravenous Plague", que para a nossa alegria, já ganhou sua versão nacional graças à Urubuz Records. E dessa vez, sem ficarmos esperando anos.

O quarteto continua o mesmo de sempre: um mix perfeito de Thrash com Death Metal transbordando de agressividade e peso, só que desta vez, a sonoridade do grupo está um pouco mais encorpada e bem cuidada, apesar da raiva e brutalidade opressiva do grupo estarem intactas. Mas se percebe uma sutil evolução sonora no quarteto, já que algumas melodias que anteriormente eram mais sutis, agora estão um pouquinho mais evidentes (mais notadamente nos solos de guitarra). Mas nada que venha a abalar os fãs mais antigos do grupo.

Em termos de produção, o grupo resolveu voltar a trabalhar com Andy Classen no Stage One Studios, na Alemanha, com quem já havia feitos seus discos anteriores (exceto "Descent Into Chaos"). Assim, o grupo volta a ter uma sonoridade mais seca e agressiva, menos brutal que em "Descent Into Chaos", mas ao mesmo tempo, mais refinada. Cada instrumento musical está claríssimo, assim como cada arranjo musical foi evidenciado. A parte artística (muito boa por sinal), tem uma bela capa feita por Wes Benscoter, e arte e design de Wouter Wagemans. Ficou excelente, bastante apocalíptico, como a música da banda se propõe a ser.

Legion of the Damned
O grupo mostra-se agarrado às suas convicções sonoras até os dentes, já que em termos musicais, não houveram mudanças enormes em termos musicais em relação à "Descent Into Chaos". As composições apenas ganharam arranjos mais dinâmicos, ou seja, a brutalidade de antes cedeu um pouco de espaço ao refinamento musical. Mas mesmo assim, é bom tomar cuidado, pois "Ravenous Plague" é capaz de deixar os ouvidos apitando por horas devido ao abuso de volume, e é ótimo para torturar seus vizinhos chatos que querem teimam em empurrar gospel, sertanejo, funk, axé, pagode, forró e outros lixos populares nos seus ouvidos todos os fins de semana.

Destaques: as brutas e arrasadoras "Howling for Armageddon" (os arranjos de guitarra estão ótimos como sempre, assim como as conduções perfeitas da bateria) e "Black Baron" (uma faixa mais rápida e ríspida), a explosiva e empolgante "Mountain Wolves Under a Crescent Moon" (baixo e bateria mostrando uma força absurda na base rítmica, dando um dinamismo incrível à música), a abrasiva "Doom Priest" (faixa do vídeo de divulgação, com um andamento mais mediano permite que uma brutalidade desmedida permeie a canção, com destaque para os ótimos vocais), a explosiva "Summon All Hate" (outra faixa com andamento bem mais moderado, com mais uma vez os vocais roubando a cena, além de excelentes riffs), e a excelente "Armalite Assassin".

Esse bando de lobos ainda tem muita lenha para queimar, e muito a conquistar. E "Ravenous Plague" é mais um passo nessa conquista.





Tracklist:

01. The Apocalyptic Surge
02. Howling for Armageddon
03. Black Baron
04. Mountain Wolves Under a Crescent Moon
05. Ravenous Abominations
06. Doom Priest
07. Summon All Hate
08. Morbid Death
09. Bury Me in a Nameless Grave
10. Armalite Assassin
11. Strike of the Apocalypse


Banda: 

Maurice Swinkels - Vocais
Twan van Geel - Guitarras
Harold Gielen - Baixo
Erik Fleuren - Bateria


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