19 de fev. de 2014

As Legiões do Metal tomam o controle – Entrevista com o ARTILLERY



Por Marcos “Big Daddy” Garcia


Uma lenda em meio aos fãs de Metal, e agora em uma sequência de bons discos e turnês, o quinteto dinamarquês ARTILLERY está de volta à carga com “Legions” seu mais recente álbum, com uma nova formação e ainda tendo força em seu ataque Thrash Metal.


Graças à Shinigami Records, pudemos entrevistar Michael Stützer, guitarrista da banda, e saber sobre o momento, um pouco sobre o passado, e é claro, sobre o futuro que está por vir.


Michael Stützer
MS: Olá. Gostaria de agradecer pela oportunidade. A primeira pergunta é sobre a motivação da saída de Søren (NR.: Søren Nico Adamsen, agora ex-vocalista)? E como vocês encontraram o Michael (Bastholm Dahl)? E achamos que ele é um pouco mais melodioso que Søren e Flemming (Rönsdorf, outro ex-vocalista). Este toque mais melodioso foi algo intencional ou surgiu naturalmente?

Michael Stützer: Søren decidiu sair porque ele queria tentar outro direcionamento musical mais para o Hard Rock e ainda somos amigos.

Achamos Michael em uma banda cover local que tocava músicas do MERCYFUL FATE e KING DIAMOND e ficamos impressionados por seu alcance vocal! Então o testamos em dois shows locais e tudo foi tão bom que nos juntamos a ele de imediato, pois ele cantava as velhas músicas tão bem quanto as originais! E não tentamos fazê-lo cantar mais melodioso, foi algo que veio mais naturalmente.



MS: A segunda mudança foi a partida de Carsten (Nielsen), um membro antigo da banda e um de seus fundadores. Qual foi o principal motivo para a saída dele, e como encontraram Josua Madsen? Parece que ele trouxe uma nova energia à banda, uma forma de tocar mais técnica, estamos certos?

Michael: Carsten quis voltar às suas raízes Punk e não queria mais excursionar tanto. Mas ainda ensaiamos no mesmo local e somos amigos!

Morten Stützer
Josua tocava em uma banda americana chamada CONSUMED e nos enviou um vídeo onde ele toca! E não tínhamos mais dúvidas que ele era o cara certo após ver essa forma maravilhosa de tocar bateria! 


MS: Bem, “Legions” está lançado, mas mesmo com a partida de Søren’s, ele ainda fez a gravação, mixou e masterizou o CD, bem como tocou violino e fez alguns backing vocals. Isso mostra que a saída foi amigável, certo? Então, como foi tê-lo com vocês mais uma vez, mas não na banda? E você acha que ele trouxe algo mais à banda como produtor?

Michael: O produtor é Søren Andersen, não Søren Adamsen, nosso antigo vocalista, e ele fez um excelente trabalho. Ele realmente é um bom produtor e um grande sujeito.


MS: “Legions” é um pouco mais melodioso que os outros discos da banda, e isso é mais sensível nos solos de guitarra, onde em alguns deles, sentimos um certo toque dos anos 70. Podemos assumir que esta é uma nova forma da banda tocar, e por favor, não me entendam mal, pois “Legions” ainda é agressivo ao ponto de quebrar alguns pescoços, hehehehe...

Michael: Fizemos nossas canções da mesma forma, mas essa diferença não foi proposital! Acho que nossos solos sempre foram inspirados nos anos 70, então você deve estar certo.


Peter Thorslund
MS: Ainda falando de “Legions”, qual é o conceito por trás do nome do disco? Acreditamos que vocês tenham algo a dizer ao público, pois as letras do ARTILLERY lidam com aspectos da vida real.

Michael: “Legions” é dedicado a todos os fãs de nosso Thrash mel
odioso, às legiões que apoiam o ARTILLERY, aqueles que têm seguido a banda por todos esses anos!


MS: Vamos falar um pouco do passado do ARTILLERY: vocês começaram como banda em 1982, e lançaram em 1985 o “Fear of Tomorrow”. E o álbum causou uma grande comoção na cena underground no mundo todo. A comoção foi tão grande que foram visto como a nova grande banda da Dinamarca, que tomaria o lugar que o MERCYFUL FATE havia deixado com sua partida. Mas isso não aconteceu, e logo após “Terror Squad”, a banda aparentou acabar, e em 1990, vocês lançaram “By Inheritance”. Qual foi a razão de vocês, na época, não alcançarem um sucesso maior? E por que a banda entrou em um hiato logo depois?

Michael: Tivemos muitos problemas com nosso antigo vocalista, Flemming, na época. Ele não queria fazer turnês, e a gravadora ficou cansada daquilo, e por fim nos separamos. Mas agora, estamos excursionando pelo mundo todo sem problemas.

Josua Madsen

MS: Uma curiosidade: Morten começou como baixista, mas em “By Inheritance”, ele aparece como guitarrista, e está nessa posição até hoje. O que aconteceu para ele deixar o baixo e assumir as guitarras?

Michael: Muito simples: Morten é muito melhor guitarrista do que os nossos antigos, e escreveu muitas de nossas músicas, e nós temos Peter na banda, que também é um ótimo baixista!


MS: No próximo ano, “Fear of Tomorrow” completará 30 anos de lançamento. Existem planos para uma versão remsaterizada, ou mesmo para uma regravação dele? Esta pergunta se deve à tendência que existe na cena, bem como ao fato de que “Legions” ter em sua versão européia (NR.: bem como na brasileira) para “The Almighty” e “The Eternal War”. E por falar nisso, quais as razões para estas versões justamente agora?

Michael: Ainda tocamos “The Almighty” e “The Eternal War” ao vivo, e já fizemos uma cerimônia dedicada ao aniversário de 25 anos de “Fear of Tomorrow”. Mas vamos ver o que acontece...


MS: Voltando aos dias de hoje: o ARTILLERY, junto com SODOM, DESTRUCTION, KREATOR e outras ótimas bandas do passado ainda lançam disco em intervalos de dois ou três anos, fazem longas turnês de divulgação dos álbuns, mais algumas grandes bandas preferem não lançar discos novos, apenas fazem turnês. Qual seria a causa desse estranho fenômeno em sua opinião, e por que ainda preferem lançar discos novos em intervalos regulares?

Michael Bastholm Dahl
Michael: Queremos fazer discos novos, não queremos viver de nossos discos antigos, bem como queremos ir adiante todo o tempo. Você deve sempre se desenvolver como um músico!


MS: Vocês sabem que “Legions” foi lançado no Brasil pela Shinigami Records? E o que acham disso? E temos alguma chance de ver a banda no Brasil em 2014? Esperamos que sim...

Michael: Sim, já sei disso, e é ótimo saber que nossos fãs brasileiros podem adquiri-lo! E definitivamente iremos ao Brasil novamente, provavelmente entre novembro e dezembro de 2014!


MS: Queremos agradecer a você de novo pela oportunidade, e por favor, deixe sua mensagem para seus fãs brasileiros, suas Legiões.

Michael: Obrigado.

Hola Brasil! Nos apoiem, e juntem-se às nossas Legiões. Vejo-os logo, amigos!
SAÚDE !

MICHAEL STÜTZER!



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