24 de jan. de 2014

Iron Man: Minha Jornada com o Black Sabbath – Tony Iommi


Por Marcos "Big Daddy" Garcia


Falar de Tony Iommi é sempre algo prazeroso, já que “o mestre dos riffs” (como é conhecido por muitos) é uma figura já mítica dentro do Heavy Metal, justamente por ser um dos pais do estilo. Então, a autobiografia dele é motivo de comemoração para muitos, e um dos livros biográficos de maior sucesso de 2013 (que foi o ano em que, verdade seja dita, o lançamento de livros narrando a vida de músicos e bandas se tornou um fenômeno), e que a editora Planeta do Brasil nos prestou o serviço e colocou nas estantes das lojas uma versão nacional, tornando fácil para todos o acesso à obra.

A formatação do livro é ótima, bem como sua capitulação é bem harmoniosa, e a tradução de Tatiana Leão, de tão esmerada, contribui ainda mais para que o acabamento seja ótimo. E de quebra, não faltam as tradicionais fotos vindas dos arquivos pessoais de Tony, mostrando várias fases do BLACK SABBATH (estranhamente, nenhuma foto com Ian Gillan quando ele estava na banda, apenas uma em 2009), e algumas de seus momentos mais particulares (fotos com os pais, esposas, filha, da infância, entre outras. E uma das mais legais é a de seu primeiro casamento, onde o saudoso John Bonham aparece como padrinho).

Ozzy e Tony durante o Live Aid (1985)
Quando começa a falar de si mesmo, de sua longa trajetória, Tony não esconde nenhum detalhe, e é sempre muito claro, sem fugir de polêmica alguma, sendo uma delas quando fala da separação do BLACK SABBATH em 1979, quando Ozzy saiu para montar sua bem sucedida carreira solo, Bill estava saindo para cuidar da própria saúde, entre tantas passagens ótimas sobre a banda. Sobre sua vida pessoal, as narrativas da vida familiar, de quando perdeu a ponta dos dedos na fábrica, ou o drama que viveu em relação a sua filha, Toni-Marie, após a separação, todos estão lá. E todos eles narrados com uma linguagem clara, ora um pouco mais descontraída, ora um pouco mais formal, sendo que ambas conseguem mostrar a linguagem que Tony costuma usar em suas entrevistas em vídeos e revistas. Óbvio que o “Iron Man” fala algumas gírias ou palavras chulas vez por outra, mas não são tão comuns. Apenas o suficiente para que se possa ter a dimensão humana de Tony Iommi. Uma pena que ela se encerra muito antes de vários eventos mais recentes (como a volta do SABBATH para gravar “13” e sua luta contra a leucemia). Mas mesmo assim, o livro é ótimo, sendo a narrativa sobre a partida de Ronnie James Dio é um dos pontos mais emocionantes.

Dio e Tony com o Heaven and Hell
Esta é uma ótima biografia, e saber que Tony é apenas mais um homem, com qualidades e defeitos, faz com que todos nós, os seus fãs, fiquemos ainda mais apaixonados por sua longa carreira, seu estilo de tocar, e pela figura do “Iron Man”, do “Mestres dos Riffs”, de Tony Iommi.

Tony Iommi, o "Iron Man" e "Eternal Idol"
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