23 de dez. de 2013

“Brasil, esperem pela destruição” - Entrevista com o DARK TRANQUILLITY






Contabilizando inigualáveis 25 anos de carreira, o DARK TRANQUILLITY é um dos nomes mais respeitados dentro do concorrido cenário do metal europeu. Precursores da “New Wave of Swedish Death Metal", a banda traz uma sonoridade cada vez mais peculiar, agregando sempre novos elementos à sua música ora caótica, ora atmosférica.

Mikael Stanne (vocal), Niklas Sundin (guitarra), Martin Henriksson (guitarra), Anders Jivarp (bateria) e Martin Brändström (teclado) recentemente lançaram o poderoso álbum “Construct” e já estão na estrada promovendo este trabalho. 

Batizada de "World Construct", a turnê desembarca no Brasil para única apresentação, no próximo dia 19 de janeiro, na Clash Club, em São Paulo, fazendo parte de uma rápida passagem pela América Latina. A nova excursão mundial tem sido um sucesso e os suecos tem evidenciado por que são os reis do famoso e revolucionário movimento “Gothenburg Sound”.


Em entrevista exclusiva, o guitarrista Niklas Sundin fala sobre a expectativa da banda em reencontrar os fãs brasileiros após quatro anos de sua estreia no país, uma análise interessante sobre a carreira do DARK TRANQUILLITY, faz duras criticas ao cenário da música pesada na Suécia, entre outras curiosidades.

por Costábile Salzano Jr | The Ultimate Music – PR
colaboração Pedro Pirani

Após a confirmação do retorno do DT ao Brasil, os fãs ficaram muito contentes pela noticia. O que eles podem esperar desta nova performance pelo país?

Niklas Sundin: Estamos muito empolgados em retornar ao Brasil novamente. Os fãs podem esperar um show cheio de energia, paixão e intensidade, cobrindo a maior parte dos nossos álbuns.


O que você pode nos adiantar sobre o repertório a ser executado durante a tour pela América Latina?

Niklas Sundin: Para este álbum, não planejamos os setlists com antecedência, como fazíamos anteriormente, as decisões serão tomadas antes dos shows. Este é o jeito que mantemos as coisas mais interessantes, tanto para o público quanto para nós. Existem pessoas que nos acompanham em vários dos nossos shows e isso é bom porque não terão de escutar as mesmas músicas noite após noite. Nós acabamos de voltar para casa de uma tour pela Europa, então não tivemos tempo para discutir apropriadamente sobre planos para os shows da América Latina ainda, mas, com certeza haverá surpresas.


Com mais de 10 álbuns lançados e uma carreira irretocável, o que você pode nos revelar sobre a motivação e a determinação de gravar um novo material.

Niklas Sundin: Tentamos fazer o nosso melhor, colocando todo nosso tempo e energia no processo de criação das músicas da melhor maneira possível. Isso não significa que todo álbum seja melhor do que o anterior, não sou eu quem irá decidir, mas na minha opinião, todo álbum é simplesmente uma documentação do que a banda era naquela época. A principal motivação é basicamente a necessidade de ser criativo e a necessidade de nos desafiarmos em criar uma música a qual acreditamos que representará algo importante, o resto é secundário.


Você acredita que, após tantos anos de carreira, somente agora vocês chegaram ao verdadeiro som que o DT tanto almejou?

Niklas Sundin: Todo álbum é feito de uma perspectiva diferente, então é impossível para mim avalia-los. A personalidade musical da banda está em constante mudança. Quando escrevemos “Skydancer” tínhamos entre 16-17 anos e queríamos algo mais longo e altamente técnico. Enquanto que por exemplo em “Construct”, tínhamos o dobro de idade e uma perspectiva completamente diferente para a música. Assim como em qualquer aspecto da vida, a personalidade ou núcleo modifica com o tempo. Para algumas pessoas, nossa marca registrada é algo como “Punish my Heaven”, mas foi escrita há 20 anos atrás, isso demonstra um pequeno aspecto do DT.


O que você vê de diferente do seu primeiro álbum em relação ao "Construct"? Quais são as suas músicas preferidas?

Niklas Sundin: Eu realmente não tenho nenhuma música preferida do DT. Para mim, é muito difícil se referir quando estamos na posição de ouvinte. Nossa música tem se modificado ao longo dos anos, tomaria muito tempo para descrever todos os álbuns, e eu sempre achei que os músicos não eram as pessoas certas publicamente para analisar sua própria arte. Tomamos muitas direções diferentes para álbuns diferentes, às vezes, focamos em agressão e energia, às vezes, exploramos mais o aspecto atmosférico ou somente experimentar. No meu ponto de vista, nossa “progressão” não é linear de um ponto A ao B, mas somente uma miscelânea complicada de ideias diferentes.


Martin foi o responsável pela gravação do baixo em “Construct”, depois de muitos anos tocando apenas guitarra. Como surgiu esta decisão? Vocês pretendem adicionar um novo baixista para esta nova turnê mundial ou se manter na atual formação?

Niklas Sundin: Bem, foi claro que o nosso baixista queria naquele tempo focar em tocar guitarra, nós tivemos que chegar a uma solução, e como Martin é um baixista muito habilidoso e criativo, foi uma escolha óbvia. E também não faria muito sentido gastar tanto tempo escrevendo canções para apenas contratar um baixista para gravar algumas músicas. Preferimos “Manter a Família” e, naquele ponto, queríamos ficar em 5. O futuro ainda está em branco.


Nos últimos anos, a cena do rock/metal passou por um período um pouco fraco, principalmente em termos de criatividade. Quais bandas te chamaram a atenção recentemente?

Niklas Sundin: Não concordo muito com a sua afirmação. Acredito que todos os gêneros de música sempre tiveram uma falta de criatividade, mas não especificamente este momento. Nunca houve uma época de ouro do metal. Muitas das bandas sempre foram ruins. Eu acredito que existam várias coisas interessantes e experimentais acontecendo no metal mundial agora, especialmente comparadas há dez anos atrás. Não escuto muita música enquanto estamos em tour, mas algumas bandas que me impressionaram recentemente foram Deafheaven (EUA) e Wintergatan (SUE).


Na minha opinião, a Suécia é o país mais importante do cenário do metal atual. A “New Wave of Swedish Death Metal" liderada por In Flames, Dark Tranquility, Hypocrisy, Soilwork e At the Gates continua influenciando diversas bandas pelo mundo inteiro. Como você analisa esta questão?

Niklas Sundin: Esta é uma boa pergunta! É difícil dar uma resposta concreta… primeiro de tudo é difícil de ter uma forte opinião de algo que eu tenha feito parte por tanto tempo, Na verdade, nunca me senti confortável com esse “melodic death metal” ou “new wave of swedish death metal” ou qualquer outro nome... Não tenho uma opinião sobre essas coisas desde 1996. Para mim, cenários não são muito importantes, a única divisão que preciso fazer é entre música boa ou ruim. As bandas que você mencionou tem feito bons álbuns, mas no todo, não creio que a Suécia tenha as melhores bandas. Existem muitos músicos qualificados aqui, mas a música na maioria da vezes não é muito interessante para mim.


Você consegue qualificar os pontos altos e baixos da carreira do DT?

Niklas Sundin: Esta é outra pergunta difícil de se responder. Acredito que não exista destaques específicos. O que nos realmente importa é o fato de que conseguimos manter a banda por tanto tempo e que ainda fazemos músicas relevantes. Quanto aos pontos fracos, não consigo pensar em nenhuma catástrofe. Já tivemos equipamentos foram roubados, tivemos turnês canceladas, mas isso acontece com todas bandas que estão na estrada por muito tempo. Por outro lado, não podemos reclamar.


O que 2014 reserva para o DT?

Niklas Sundin: Toneladas e mais toneladas de shows e algum tipo de novos lançamentos!


The Ultimate Music – PR agradece pela entrevista. Por favor, envie uma mensagem aos fãs brasileiros que tanto anseiam por ver o DT em cena.

Niklas Sundin: Eu é quem agradeço pela entrevista. Estamos realmente ansiosos em tocar no Brasil novamente. Esperem pela destruição! Nos vemos lá!


Confira abaixo algumas faixas de “Construct” e o trailer do álbum, disponíveis no YouTube:
Trailer Construct: 


Links relacionados:

Serviço São Paulo
Rock Brigade Concerts e Showmaster apresentam Dark Tranquillity – Brazilian Construct 2014


Data: 19 de janeiro de 2014 – domingo
Horário: 18h
Local: Clash Club
End: R. Barra Funda, 969 – próximo ao Metrô Palmeiras–Barra Funda
Censura: 16 anos
Ingressos: Ticket Brasil e pontos autorizados
Pista 2º Lote (meia-entrada): R$ 80,00 + TAXA
Pista 2º Lote (promocional): R$ 90,00 + TAXA
Camarote (meia-entrada): R$ 140,00
Camarote (promocional): R$ 160,00
Imprensa: press@theultimatemusic.com | 11 9 6419.7206


Próximas divulgações THE ULTIMATE MUSIC - PR:
19/01/14 – Dark Tranquillity – Clash Club – SP/SP
13/02/14 – Transatlantic – Carioca Club – SP/SP
08/03/14 – Doro Pesch – Carioca Club – SP/SP
19/03/14 – Sonata Arctica – Carioca Club – SP/SP
21/03/14 – Flotsam & Jetsam – Clash Club – SP/SP
23/03/14 – Iced Earth – Carioca Club – SP/SP
30/03/14 – HIM – HSBC Brasil – SP/SP
21/04/14 – Hypocrisy – Carioca Club – SP/SP
27/04/14 – Misfits – Espaço Victory – SP/SP
04/05/14 – Kataklysm – TBA – São Paulo/SP
04/05/14 – Megadeth – Espaço das Américas – São Paulo/SP
Mais infos sobre os shows acima, acesse https://www.facebook.com/UltimateMusicPR.

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