Metal Samsara: Divine Pain – Immortality (CD)

31 de out. de 2013

Divine Pain – Immortality (CD)

Eternal Hatred Records/Mutilation Records

http://msmetalpress.com/ptbr
www.mutilationrecords.com.br

Vez por outra, os tradicionais trabalhos solo de alguns artistas realmente são surpreendentes, tendo em vista que eles fogem completamente do padrão de sua banda, e o DIVINE PAIN, trabalho solo de Danilo Coimbra (guitarrista do MALEFACTOR), que chega com seu CD “Immortality”, realmente é algo bem assustador em todos os sentidos da palavra.

Primeiro de tudo, o trabalho não tem absolutamente NADA com a banda principal de Danilo, já que o disco é uma golfada brutal de Death Metal rasgado e abusivamente extremo, com letras enfocando o Lado Negro da Vida. É de causar danos aos tímpanos se manuseado de forma leviana. E por isso mesmo, ótimo.

Que fique claro que apesar do foco ser uma música extremada e agressiva, de forma alguma está despida de técnica, muito pelo contrário, os arranjos de guitarras e baixo são bem cuidados (repare bem nos solos e minúcias das bases), a bateria mostra boa técnica e variações de andamento interessantes, vocais urrados bem “from the depths”. Fundindo tudo isso, temos uma música que verte em energia e rispidez, mas que de forma alguma é tosca ou simplista.

Gravado no home Studio de Danilo, que gravou todos os instrumentos e vocais, vemos que a prioridade era deixar o trabalho impactante, ou seja, você ouve e fica boquiaberto com força sonora. Mas ainda há aquela preocupação em deixar os instrumentos bem claros e audíveis. A parte gráfica realmente é bem sinistra, aclimatando o ouvinte para o que vem por aí.

Ao ouvir o CD, fica claro que Danilo caprichou nas canções, onde vemos que o trabalho é bem nivelado por cima em termos de composição, e podemos reparar isso em “Warriors from the Storm” (uma bordoada bem dada, com ótimos riffs de guitarra e vocais muito bons), as ótimas “Dalamachia” e “A Rebelião de Lúcifer” (esta bem arrastada, priorizando bastante o trabalho de baixo e bateria, até que ganha mais dinâmica e velocidade mais adiante, onde a guitarra volta a ser o centro das atenções), além da bruta e devastadora “7 Plagues to the World” e a bruta (mas trabalhada) “Tomb of the Sun”.

Um discão, um abuso de tão bom.