27 de jun. de 2013

Woslom - Evolustruction (CD)

Independente - Nacional
Nota 10/10

Por Marcos Garcia


Bem que este autor comentou que o Websingle 'Evolustruction' era só um aperitivo...

O quarteto paulista WOSLOM, adeptos até a alma de um Thrash Metal que funde técnica, melodia e agressividade nas medidas certas, mostra a que vem no seu segundo Full Length, o avassalador 'Evolustruction', que a bancaram de forma independente.

Primeiramente, em um comparativo entre este e 'Time to Rise' (primeiro Full Length do quarteto), podemos afirmar que a banda realmente mostra um amadurecimento em todos os sentidos, pois 'Evolustruction' é um passo adiante, mas um passo enorme, quase um salto à distância. Os vocais de Silvano Aguilera estão bem mais soltos e agressivos que antes, bem como suas bases ganharam mais diversidade. Rafael Iak mostra que realmente é um solista de primeira, sabendo usar de feeling e técnica, ao mesmo tempo em que seu entrosamento com Silvano está perfeito. Francisco Stanich melhorou bastante como músico, se apresentando de forma brilhante em vários pontos do CD. E o batera Fernando Oster mostra que tem técnica de sobra, sem perder o peso e ritmo, e junto com Francisco, formam uma cozinha baixo/bateria coesa e pesada. E juntando tudo isso: Thrash cheio de garra e pulsa com vida bem particular, que esbanja bom gosto e flui pelos falantes de forma espontânea e vigorosa. É ouvir e sair quebrando a casa!

Produzido pelos próprios rapazes, tendo a ajuda de Danilo Pozzani na engenharia sonora, a sonoridade que eles atingiram é realmente coisa de primeiro mundo, bem clara e com todos os instrumentos pesados e audíveis, tornando a audição simples e sem problemas. A arte, uma concepção de Francisco Stanich que ganha contornos e cores pelas mãos do designer João Duarte, é delineada com esmero e bem feita, deixando clara a concepção do disco: a dualidade "quanto mais a humanidade evolui, mais chega perto da auto-destruição".

Bem, quanto às músicas, basta dizer que 'Evolustruction' nasceu para ser um clássico do gênero em terras brasileiras, já que o material sonoro aqui contido é, antes de tudo, irrepreensível, ou seja, perfeito.

Abrindo com a destruidora ‘Evolustruction’, faixa com andamento moderado e técnico, basta repararem como os vocais melhoraram absurdamente, bem como as guitarras com seus riffs insanos embalam o ouvinte, que começa a balançar a cabeça naturalmente. ‘Haunted by the Past’ é mais energética e com um andamento vigoroso com toques de TESTAMENT, e leva ao slamdancing com extrema facilidade. A curta ‘Pray to Kill’ é rápida, com ótimo refrão e passagens da bateria de cair o queixo, com ótimas conduções e viradas. De andamento moderado e intrincado, ‘River of Souls’ é um dos pontos altos do disco. Em ‘No Last Chance’, ganchuda e com uma levada bem empolgante, os riffs mostram o quanto as guitarras evoluíram, e reparem bem o quanto os vocais transpiram feeling. Já ‘New Faith’ mostra momentos de um Thrash empolgante sem ser muito rápida, com grandes backing vocals. ‘Breathless (Justice's Fall)’ é uma tijolada certeira no meio da cara, e reparem mais uma vez nos riffs sinuosos e grande presença da cozinha rítmica Stanich/Oster, e também tem um refrão empolgante e forte. Um comecinho lento e meio sinistro abre ‘Purgatory’, seguido de uma saraivada de riffs e bateria intensos, então a faixa evolui de forma mais pesada e dura, com ótimos momentos do baixo, e tome urros fortes e cheios de agressividade e energia. E como se já não fosse muito, o grupo solta uma versão para ‘Breakdown’, do parado MAD DRAGZTER, que ficou bem personalizada e agressiva, a cara do WOSLOM.

Não tem jeito: o WOSLOM é Top 10 certo em 2013, e que o público aprenda a valorizar a banda, pois nesse caminho, eles em breve estouram lá fora, e mais uma vez, os brasileiros ficarão chupando o dedo, com em outros casos anteriores...



Tracklist:

01. Evolustruction
02. Haunted by the Past 
03. Pray to Kill 
04. River of Souls 
05. No Last Chance 
06. New Faith
07. Breathless (Justice's Fall)
08. Purgatory


Formação:

Silvano Aguilera – Vocais, guitarra
Rafael Iak – Guitarra Solo
Francisco Stanich – Baixo
Fernando Oster – Bateria 



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