13 de dez. de 2012

Cris DeLyra - Cris DeLyra (CD)


Independente - Nacional
Nota 10
Por Marcos Garcia

Hard'n'Roll forte e empolgante com toques de anos 70, mas com uma pegada mais moderna, ganchuda e melodiosa. E tudo isso, feito com um conhecimento de causa e gosto pela coisa, só poderia dar certo, e muito certo. E CRIS DELYRA pode ser considerado uma das maiores revelações do estilo no Brasil, já que este power trio tem um trabalho ótimo para mostrar, e este seu primeiro CD 'Cris de Lyra', é algo de maravilhoso.

A banda faz um trabalho belíssimo e que empolga o ouvinte, embalado por um produto feito na língua natal (sim, as letras são em português), com vocais ótimos, soando macios e envolventes, com boas doses de agressividade e sensualidade, e sabendo encaixar dicção e impostação muito bem; guitarras ótimas em bases fortes e solos melodiosos e bem encaixados, baixo e bateria seguros e firmes, mas mostrando boa técnica. E o resultado é aquele típico som que embala o ouvinte e o leva a cantar juntos os refrões fortes e grudentos, e acreditem: estes caras nasceram para estourar!

Tanto a produção, feita por Cris de Lyra, quanto a gravação foram feitas no próprio home studio de Cris, o Balboa Studio, enquanto a masterização foi feita no Incrível Mundo Estúdio, pelas mãos de Enrico de Paoli, e o resultado é altamente positivo, pois a sonoridade está vertendo energia e vida em doses cavalares, sem deixar de ser cristalina, e assim, aqueles famosos detalhes que passam desapercebidos para muitos estão audíveis. A produção visual, usando de uma mescla de elementos que remetem aos anos 70 e 80, é muito boa mesmo, atraindo o ouvinte e complementando a sensação que as músicas expõem.

E por falar em músicas, sejamos bem sinceros: é amor na primeira audição, e cantarolar na segunda.

Sim, pois as músicas da banda são tão grudentas que não tem como não gostar, e isso revestido por uma homogeneidade enorme, pois não há como destacar esta ou aquela faixa, pois vai sentir que está sendo muito injusto. Nenhuma é descartável ou abaixo das outras, com um nível bem alto. Óbvio que podemos indicar a ótima e um pouco mais agressiva 'Qual é o seu Nome?', com a voz variando entre o ríspido e o melodioso com sutilidade ímpar, fora o trabalho de guitarras ser muito bom, especialmente o solo; a sutil e empolgante 'Máquina do Tempo', que um Hard com toques de Pop muito bons, destacando-se um refrão daqueles que não sai da cabeça e a bateria, que está fantástica; a mais anos 80 'Fotocópia', com doses de Rock'n'Roll, oscilando entre momentos amenos e um refrão ótimo; a rocker e grudenta 'Essa é pra Você', onde a voz de Cris rouba a cena, e que faz o ouvinte cantar por dias a fio sem cansar; e esses mesmos elementos são encontrados na pauleira 'Nada a Perder', com ótimos backing vocals; a balada rocker pesada 'Errar é Acertar'; a bluesy 'Síndrome de Peter Pan'; a mais macia 'Um Encontro com a Sorte', um Rock mezzo Hard, mezzo Pop onde o baixo se sobressai bastante; a climática 'Mentes Programadas', outra que alterna peso e maciez com extrema maestria; e a belíssima balada 'Se um Dia Eu me Perdoar...', com foco mais nos arranjos de violões e teclados (onde aparece a participação especial de Gabriel Dalmasso), até que próximo ao seu fim, ganha o peso na presença das guitarras, baixo e bateria, com destaque mais uma vez para a voz macia de Cris. 

Um CD ótimo para se curtir nas baladas rockers da vida, nos bares com os amigos, no carro em longas viagens... Ora, em todos os cantos em que puder, pois é ótimos, e 'Cris de Lyra', apesar de só ter chegado após muitas listas dos melhores de 2012, tem lugar de destaque em todas, com toda certeza.

Temos dito, e o que vocês estão esperando para pedirem suas cópias ao Papai Noel e irem nos shows da banda? 

Máquina do Tempo

Tracklist:

01. Qual é o seu Nome?
02. Máquina do Tempo
03. Fotocópia
04. O Selvagem Urbano
05. Essa é pra Você
06. Nada a Perder
07. Errar é Acertar
08. Síndrome de Peter Pan
09. Um Encontro com a Sorte
10. Mentes Programadas
11. Se um Dia Eu me Perdoar...


Formação:

Cris DeLyra - Vocais, guitarras, violões, teclados e programações
Gustavo Cebrian - Baixo
Alex Curi - Bateria



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